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SHEMA ISRAEL, ADONAI ELOHENU, ADONAI ECHAD! DEUT 6:4

 

CRISTIANISMO, JUDAÍSMO MESSIÂNICO E JUDAÍSMO NAZARENO


Por Sha’ul Bentsion
(Nazarenos)
(Baseado parcialmente em estudo do Rav. Moshe Koniuchowsky)

Com Notas e Edição [quanto ao Nome] de o Caminho



I – OBJETIVO

Como muitos em nosso meio possuem interesse sobre o movimento de restauração da fé original, mas pouco conhecem a respeito de Judaísmo Messiânico e menos ainda a respeito de Judaísmo Nazareno, resolvi fazer este pequeno estudo comparando as diferentes posições teológicas do Cristianismo, Judaísmo Messiânico e Judaísmo Nazareno. O objetivo não é discriminar crença alguma, mesmo quando discordamos dela, mas sim que possamos entender um pouco melhor até onde somos iguais, e até onde somos diferentes, e porque.

II – CONSIDERAÇÕES INICIAIS

Muitos estão sempre prontos a criticar qualquer estudo que use de generalizações. Contudo, a generalização é absolutamente necessária para que possamos entender os movimentos. Sabemos que sempre haverá grupos que fugirão ao padrão aqui descrito, porém é impossível relatarmos todas as possíveis e imagináveis crenças de cada grupo.

Para efeito deste estudo, utilizamos os seguintes padrões: Entendemos como “padrão” para o Cristianismo o Protestantismo clássico da Reforma. Para o Judaísmo Messiânicos, tomamos como padrão a “MJAA” (Messianic Jewish Alliance of America). Para o Judaísmo Nazareno, tomamos como padrão a “UNJS” (Union of Nazarene Jewish Synagogues). Reconhecemos que haja variações mesmo dentro de cada movimento, e algumas destas variações mais relevantes foram mencionadas. Porém é impossível aqui relatarmos todas elas.

III – ESTUDO COMPARATIVO

1 - A “IGREJA”


- O Judaísmo Messiânico vê a “Igreja” como uma entidade distinta do “povo de Israel” (i.e. os judeus) e predominantemente “gentílica”. Ambos formariam o “corpo do Messias”, mas permaneceriam distintos e sempre haveria esta distinção pelo menos aqui na terra (não renovada). Em alguns casos, até mesmo a separação entre congregações e serviços judaicos e gentílicos chega a ser encorajada. (Grifos de o Caminho).

- O Cristianismo vê a “Igreja” como uma entidade que substitui a Israel. Chama-a, embora sem base bíblica alguma, de “Israel Espiritual”. Os judeus que crêem no Messias teriam se “convertido” e agora fariam parte desta “Igreja” (que, naturalmente, também possui predominância “gentílica”).

- O Judaísmo Nazareno diz que não existe uma entidade chamada “Igreja” separada de Israel, que sempre foi e sempre será o povo da aliança. De acordo com o Judaísmo Nazareno, não existe “a Igreja” como na concepção cristã. O corpo do Messias sempre foi e sempre será Israel, composta predominantemente de judeus e efraimitas (remanescentes das 10 tribos agora restaurados) que amam e seguem a D-us, juntamente com aqueles que se convertem a Israel (vide o caso de Rute e Raabe). Esta é a “Assembléia/Congregação” de Yaohushua. A “Assembléia/Congregação” é uma, a mesma de sempre.  

Nota de o Caminho: Concordamos com esta posição, isto é, fazemos distinção entre gentios [provenientes da Casa de Israel] e "estrangeiros" - gregos nas Escrituras a exemplo de Col 3:11...
 

2 – CRENTES “GENTIOS”

- O Judaísmo Messiânico entende que, de um modo geral, os “gentios salvos” como não sendo israelitas, não tendo sangue israelita algum, e não tendo nenhum argumento legítimo de descender fisicamente dos patriarcas Avraham, Yitschak e Ya’akov. Crêem que os “gentios salvos” que alegam descender fisicamente de judeus ou que têm algum sangue judeu, então vivendo um engano. A idéia de que um crente não-judeu possa ser um israelita não-judeu (isto é, descendente das demais tribos) é vista como sendo errônea.

- O Cristianismo por sua vez normalmente crê numa distinção (inexistente biblicamente) entre “judeus físicos” (numa alusão aos filhos de Israel), e os “judeus espirituais”. Um “gentio salvo”, assim como um “judeu salvo”, seriam “judeus espirituais”.

- O Judaísmo Nazareno crê que a grande, esmagadora maioria dos seguidores não-judeus de Yaohushua são de fato israelitas – mais especificamente, efraimitas (descendentes das 10 tribos), que foram dispersos entre as nações gentílicas a partir de 721 AC. Eles um dia foram “lo ami” (considerados como não sendo povo do ETERNO), mas foram restaurados (vide 2 Kefá/Pedro 2:10) conforme a promessa de Hoshea (Oséias), através do Messias de Israel. Estes “gentios” na verdade são israelitas, e foram lavados, remidos e despertados para sua identidade israelita através do cumprimento das promessas em Yaohushua hol'Mehushkháy. Seu reconhecimento como semente de Efraim e sua união com Yehudá (Judá) é importante para a restauração do Reino. Vale porém ressaltar que o Judaísmo Nazareno não afirma que eles se tornaram “judeus” ou substituem a Yehudá (Judá). O Judaísmo Nazareno busca a união das duas casas de Israel (Yehudá e Efraim).

NOTA de o Caminho: A Igreja não foi, portanto, a fundação de uma nova seita judaica ou a fundação de um movimento estranho ao judaísmo mas sim a reestruturação deste. A igreja é a continuidade do judaísmo (puro, original) pois YAOHUH UL, desde Abraão, havia vindo agindo no meio de Seu povo que agora representa a Sua Igreja. Sendo assim, a Igreja representa a restauração do Tabernáculo de Davi (trono) e, portanto não é um outro povo mas sim o próprio Israel; com uma diferença: incorporou os gentios convertidos do paganismo, através da Imersão (até mesmo Paulo entrou através deste processo). Efe 2:11-12; Rom 11:19, 14. De dois povos (judeus  e gentios) o ETERNO fez um só povo [união das dias casas, profetizada - neste processo abriu-se espaço para os estrangeiros]! Gal 3:7, 29; 4:7; Rom 8:17; Gal 3:14; Efe 2:19.

 

3 - SALVAÇÃO

- O Judaísmo Messiânico vê o reajuntamento, a identificação, e as alegações dos crentes não-judeus de que são efraimitas [descendentes das dez tribos] - como uma heresia. Crêem que o conceito de duas casas de uma única entidade, Israel, é “salvação por DNA”, ou “salvação por sangue”, ao invés de ser salvação pela graça através da fé. Pensam que os que crêem nas duas casas pregam que a salvação é só para Israel, isto é, que os gentios [casa de Israel] não teriam salvação. Eles crêem na realidade da salvação no sangue de Yaohushua, mas negam a realidade do reajuntamento de Israel (as 10 tribos que estavam dispersas por entre as nações) como sendo parte da salvação.

Nota de o Caminho: Infelizmente, em muitas comunidades messiânicas, acaba se criando “duas classes” de salvos, os “salvos judeus” e os “salvos gentios” [os "estrangeiros", nas Escrituras], fundando, inclusive, sinagogas e congregações com liturgias (sidur) diferentes para um e outro!

- O Cristianismo vê a salvação como sendo também pela graça através da fé, pelo sangue do Messias Yaohushua. Crê, embora isso não seja dito de forma muito aberta por razões políticas, que o Israel físico que não “se converter” vai direto "pro inferno". Muitas vezes igualam o “crer em Yaohushua” como o “se tornar cristão”, e vêem a salvação como forma de uma pessoa passar a pertencer ao “Israel espiritual”. Costumam ignorar a questão efraimita [Dez Tribos Perdidas, segundo eles] como um todo.

- O Judaísmo Nazareno, ao contrário do que pensam alguns de nossos opositores, vê a salvação como sendo uma dádiva gratuita a todo aquele que crê. Cremos na mesma salvação pela graça, por meio da fé. Contudo, o Judaísmo Nazareno ensina que de fato a semente de Efraim cumpriu a profecia de uma multiplicidade dada aos patriarcas, e vê o reajuntamento das “ovelhas dispersas” como de fato sendo um cumprimento literal de uma promessa, e crê sim que a grande maioria dos salvos são de fato descendentes físicos das 10 tribos, restaurados pela fé em Yaohushua. Contudo, admite-se também que existem aqueles que não são de origem israelita (embora minoria), mas que ao aceitarem o Criador de Israel, e o Redentor de Israel, passam a fazer parte de Israel, sem distinções.

NOTA de o Caminho: Também rejeitamos qualquer parede de separação no povo do ETERNO. A Graça vem salvando desde tempos eternos (Ap 13:8).

 

4 – COMUNIDADE DE ISRAEL

- O Judaísmo Messiânico vê a comunidade de Israel como sendo formada pelos judeus messiânicos mais “a igreja gentílica” [nações], enxertada em Israel. Dentro da comunidade de Israel, contudo, o Judaísmo Messiânico muitas vezes faz distinção entre judeus e não-judeus, tratando-os como entidades separadas, apesar das alegações do contrário. Muitas comunidades, embora isto esteja gradativamente mudando, crêem em dois padrões, um para a “igreja gentílica” e outro para o movimento messiânico. Segundo eles, a Torá (juntamente com as 613 leis) é um privilégio e um “fardo” que somente os judeus messiânicos podem carregar e participar. Alguns grupos dizem que os “gentios” não devem praticar a Torá. Outros dizem que podem, mas é opcional. Normalmente recomendam as “leis céticas” rabínicas, ou os requisitos de Atos 15.

Nota de o Caminho: Até a circuncisão é obrigatória para um e opcional para outro...

- O Cristianismo, embora possa não admitir isto na teoria, na prática crê que são os “judeus salvos” que se enxertam na “Igreja”, ao contrário do que diz Romanos 11. Normalmente não só não crêem na prática da Torá, como muitas vezes até encorajam judeus “convertidos” a deixarem de lado esta prática. Crêem que a graça é “incompatível” com as “leis de Moisés”.

- O Judaísmo Nazareno crê que todos na comunidade de Israel, incluindo judeus, efraimitas restaurados e conversos ao povo de Israel, têm todos os privilégios de cidadania. Crê que é mais importante a pertinência ao corpo do Messias (Israel) do que uma distinção entre tribos, ou mesmo entre quem é natural e quem é convertido a Israel. Todos os membros do corpo são israelitas, seja por nascimento (judeus e efraimitas, a grande maioria do corpo) ou por adoção (gerim – convertidos). Israel sempre foi, e sempre será o povo da aliança. Não existe Israel físico e Israel espiritual, mas sim um único Israel. Todos os israelitas devem se esforçar ao máximo para viverem na Torá, e são responsáveis por isto à medida em que vão aprendendo. Aos efraimitas, que estão retornando, o Conselho dos Nazarenos em Atos 15 deu a recomendação de começar com um padrão mínimo, e irem evoluindo à medida em que aprendiam a Torá nas sinagogas (vide Atos 15:21). Não existe distinção entre um judeu nazareno e um israelita nazareno.

NOTA de o Caminho: As 613 leis, hoje, são impraticáveis pois a grande maioria delas apontavam para o Messias... As demais, visavam a santificação de um povo! Além de que se levarmos em consideração que TODAS as passagens onde lemos "gentio" seja uma referência à Casa de Israel, fica fácil de entender tais passagens... Mt 10:6; 15:24. Atos 15 está falando sobre eles!!!
 

5 – ISRAEL FÍSICO X ISRAEL ESPIRITUAL

- Na teoria, o Judaísmo Messiânico é radicalmente contra a noção de “Israel Físico” x “Israel Espiritual”. O Judaísmo Messiânico corretamente diz que só existe um Israel. Porém, na prática, muitos grupos ao crerem em uma entidade chamada “Igreja” acabam adotando a mesma crença em um “Israel Físico” e outro “Espiritual”, porém com uma mudança terminológica. Contudo, em comparação com o Cristianismo, o Judaísmo Messiânico tem o ponto positivo, de ser fortemente contrário à maligna teologia da substituição, a qual diz que Israel foi substituído pela Igreja ("gentílica"). Porém, mesmo que sem terem a intenção, ao crerem numa entidade à parte chamada “Igreja”, acabam dando continuidade à batalha entre Yehudá (Judá) e Efraim pelo reconhecimento como sendo o “Israel legítimo”. Infelizmente, o Judaísmo Messiânico tem contribuído fortemente para a parede de separação entre judeus e efraimitas. (Itálicos de o Caminho).

- O Cristianismo tradicional crê na teologia da substituição. Trocando em miúdos: Israel falhou e foi substituído por uma entidade chamada “Igreja”, que é o Israel espiritual. Alguns grupos ainda reconhecem que há determinadas promessas feitas para o “Israel Físico”, outros grupos dizem que a “Igreja” se tornou herdeira das bênçãos de Israel (curiosamente foi apenas das bênçãos, e não das aflições). Crêem que esse “Israel Espiritual” é formado por “judeus espirituais”, ou seja, cristãos.

- O Judaísmo Nazareno crê que não existem duas noivas do Messias, e também que Yaohushua não pode ter duas esposas. Como Ele já escolheu a ISRAEL [os filhos de Jacó, ou seja, as duas Casa unidas] como esposa, não a rejeitará. A noiva do Messias, o corpo do Messias, é Israel. A noiva é composta por judeus e por efraimitas, quer conheçam suas origens quer estejam sendo restaurados. A casa de Yehudá (Judá) e a casa de Efraim, os dois reinos divididos são feitos um, com a queda da parede de separação e, como Israel restaurado formam a noiva do Messias. Como já dissemos antes, os gentios que se achegam à fé em sua grande maioria são efraimitas, isto é, descendentes das 10 tribos dispersas. Existem também gentios não-efraimitas [estrangeiros], mas que se tornam israelitas por opção, ao desejarem se juntar ao povo de Israel como fizeram Ruth e Rahav (Raabe). Não existem israelitas físicos e outros espirituais. Existem apenas israelitas físicos, espiritualmente restaurados. Esta nação única é o Israel físico e espiritual. Portanto não existe sentido nesta briga entre Yehudá (Judá) e Efraim, que começou logo depois do reinado de
Shua-ólmoh Molkhím (o rei Salomão), mas que há de acabar.

NOTA de o Caminho: Os nazarenos estão corretos neste entendimento pois a Volta do Messias tem também este objetivo: restaurar o trono de Davi que foi desestruturado a partir de Salomão - Atos 15:16... Esta restauração fora profetizada pelos profetas - Isaías (Is 49:6).
 

6 – DISTINÇÕES RACIAIS

- O Judaísmo Messiânico frequentemente alega não fazer distinções raciais no corpo do Messias, mas isso nem sempre é verdade em todas as congregações. A noção de que “judeus e gentios” foram grupos de pessoas diferentes muitas vezes gera uma divisão. Termos como “judeu messiânico” e “gentio messiânico” são freqüentes, enfatizando uma diferença nacional e étnica no povo do ETERNO. Infelizmente, o Judaísmo Messiânico permanece no mesmo erro de se recusar a ver o retorno dos efraimitas, as ovelhas perdidas da casa de Israel que estavam dispersas e misturadas entre as nações. O grau de distinção nas comunidades messiânicas varia muito. Em algumas, praticamente não há distinção. Em outras, ocorrem distinções dentro da congregação. Outras ainda chegam a recomendar que os gentios fiquem em suas “igrejas”, deixando as sinagogas para os judeus.

- Embora o Cristianismo leve vantagem sobre o Judaísmo Messiânico ao não fazer diferenciação nas congregações, existe ainda muita discriminação e anti-semitismo nas igrejas cristãs. Como o Cristianismo é muito diversificado, isto varia muito de igreja para igreja. Mas, no geral, vêem os judeus como um povo que, não crendo no Messias, se não se arrepender irá para "o inferno". Esquecem-se de que a rejeição dos judeus é parte do plano do ETERNO para restaurar as nações. Esquecem-se de que o ETERNO prometeu salvar a todo Israel [Jo 4:22]. Normalmente, o Cristianismo realiza um verdadeiro holocausto espiritual tentando “converter” os judeus ao Cristianismo.

- O Judaísmo Nazareno crê que quando os membros do corpo se dão conta de que, sendo judeus, efraimitas, ou mesmo israelitas por opção [estrangeiros], na realidade agora são parte da comunidade de Israel, a questão da raça perde importância. Somos todos o mesmo povo ao qual YAOHUH UL sempre amou e do qual Yaohushua sempre cuidou. Rav. Sha’ul (Paulo), nos originais semitas, diz que “não existe judeu ou arameu”. A palavra “arameu” era frequentemente usada para se referir àqueles que haviam se dispersado na região da Assíria. Ou seja: as 10 tribos perdidas de Israel! Não importa a que tribo pertençamos, somos todos israelitas [filhos do mesmo Pai - Jacó/Yaohu'káf]! Como semente de Abruham (Abraão), nossa nação (Israel) é uma nação de sacerdócio real. Portanto, o foco deixa de ser na lacuna entre dois grupos, e passa a ser na restauração do Reino de Israel (At 15:16), em sua plenitude, conforme prometido pelos profetas! O conceito de “dois corpos”, ou “dois grupos”, ou ainda um “Israel físico” e outro “espiritual”, são divisões dos homens, doutrinas destrutivas, fruto da imaginação de grupos religiosos, e que não se encontra em lugar algum nas Escrituras. Tão certo quanto só há UM UL, UMA Palavra, e UM Messias, só existe UM povo escolhido.

NOTA De o Caminho: Vide Romanos 11 sob esta ótica!

 

7 – A RESTAURAÇÃO DO REINO DE ISRAEL

- O Judaísmo Messiânico tem crenças variadas a este respeito. Alguns crêem que este evento já ocorreu, ou no tempo do rei Josias, ou no tempo em que Yehudá (Judá) retornou da Babilônia. Outros crêem que isto ocorreu com o retorno dos judeus a Israel em 1948. Outros ainda crêem que a restauração está ocorrendo gradativamente, e que culminará no reajuntamento dos judaicos da diáspora, no advento do Messias.

- O Cristianismo, por normalmente minimizar a questão do que eles chamam de “Israel Físico”, normalmente não dá muita importância à questão. Alguns grupos atualmente ainda olham para Israel como sendo o cronômetro para o fim-dos-tempos. Contudo, pouco é dito [ou nada] acerca do reajuntamento das tribos perdidas.

- O Judaísmo Nazareno crê que esta restauração esteja sendo gradativa, mas que ainda não tenha ocorrido devido a uma série de fatores. Primeiramente, os talmidim (discípulos) perguntaram a Yaohushua quando isto ocorreria, portanto o evento não poderia ter sido o retorno de Yehudá (Judá) na época do rei Josias, ou da Babilônia. Da mesma forma, o Judaísmo Nazareno crê que o retorno de Yehudá (Judá) à terra prometida em 1948 é um passo nesta direção, assim como também é um passo nesta direção a restauração gradativa de Efraim. Contudo, o evento descrito em Ezequiel 37 é um reajuntamento e um retorno completo, de todas as tribos, e não um reajuntamento parcial somente de Yehudá (Judá). Além disto, a restauração será acompanhada da gravação das leis do ETERNO no coração, e do fim do pecado. Isto só ocorrerá quando o Messias retornar [dando início ao seu reino milenial sobre a Terra]. Atualmente, Efraim ainda ama o paganismo, o culto ao deus-sol [representado pelo domingo e o 25 de dezembro], e Yehudá (Judá) ainda está imerso em esoterismo. A plenitude ocorrerá quando o Messias regressar, quando a grande maioria em Yehudá (Judá) o aceitará como rei [
Yaohushua hol-Molk'ul], para reinar sobre todo o Israel. (Grifo de o Caminho).

 

8 – TEOLOGIA DA SUBSTITUIÇÃO

- O Judaísmo Messiânico rejeita a teologia da substituição com todas as suas forças, e faz tudo o que pode para eliminar esta doutrina de demônios dos meios teológicos. Contudo, trágica e ironicamente, acaba incidentalmente a fomentando quando propaga a idéia errada de que existe um grupo chamado “Igreja” distinto de Israel*.

*NOTA de o Caminho: Isto, devido à existência de um Israel ortodoxo (que não aceitaram o Messias); mas, no entanto, usa o SIDUR destes. Um Sidur que não contempla ao Messias...


- No Cristianismo, a teologia da substituição é extremamente comum. Embora alguns grupos já estejam começando a abrir os olhos e rever esta crença, a grande maioria das igrejas ainda propaga esta doutrina de que os cristãos são o “Israel Espiritual”. Esta doutrina anti-semita, demoníaca e sem base bíblica tem sido o principal motivo para a perseguição tanto física (cruzadas, inquisições, etc.) quanto espiritual (evangelismo agressivo, conversões, etc.) dos judeus. É com base nesta doutrina diabólica que chegam à conclusão de que a “Igreja” será arrebatada antes da tribulação (algo que não tem base bíblica alguma) e que Israel “se lascará sozinho” durante o reinado do anti-cristo.

 

9 – SHABAT E MOEDIM (Goins).

- O Judaísmo Messiânico procura observar o Shabat, Rosh Chodesh (Lua Nova) bem como os demais festivais bíblicos apontados pelo Eterno, e descritos na Torá. Porém, normalmente dizem que para os “gentios” esta celebração é vista como opcional.

- O Cristianismo, salvo raras exceções, normalmente não observa os festivais do Eterno. Ao invés disto, observa festas da tradição romana (Natal, Páscoa, domingo, etc.) que infelizmente possuem raízes no paganismo. Em alguns casos mais extremados, a celebração das festas do Eterno chega a ser vista como algo errado, fruto de quem “não está na graça”.

- O Judaísmo Nazareno também procura observar o Shabat, Rosh Chodesh (Lua Nova) bem como os demais festivais bíblicos apontados pelo Eterno, e descritos na Torá, e enfatiza que todos aqueles que amam ao Eterno devem participar de tais celebrações [que ainda hoje apontam para o Messias].

 

10 – OBSERVÂNCIA DA TORÁ

- Neste ponto, também há divergências dentro do Judaísmo Messiânico. Alguns grupos crêem que a observância da Torá para os “gentios” é totalmente opcional, e que a insistência de que os “gentios” devam observar a Torá é legalismo. Normalmente estes grupos ignoram que a própria Torá proíbe termos “duas leis” distintas. Ou seja: proíbe a criação de classes no Reino. Estes grupos costumam manter a muralha que foi erguida em volta da Torá pelo Judaísmo tradicional, tornando-a um privilégio apenas para judeus ou, no máximo, para alguns “gentios” que têm um “chamado especial”. Outros grupos já reconhecem que Atos 15 estabelece um mínimo* para que o “gentio” aprenda a Torá gradualmente, e que a Torá é para todo o povo do ETERNO.

NOTA de o Caminho: Onde, em Atos 15 temos estabelecido um "mínimo"? Ali temos sim uma orientação para que o "gentio" [os filhos da casa de Israel] possam se livrar do paganismo das nações por onde eles passaram e, assim, voltem à YAOHUH UL, a quem abandonaram... Shaul foi chamado Apóstolo dos Gentios por ter ido em sua busca!

- O Cristianismo tradicional rejeita a Torá. Da Torá, mantêm apenas 12 mandamentos: os “9 mandamentos” (isto é, os 10 menos o Shabat), o de amar ao próximo como a si mesmo, o de amar ao ETERNO sobre todas as coisas, e o do dízimo. Os demais mandamentos são descartados sem o menor critério. O Cristianismo tradicional confunde lei com legalismo, e acha que o problema está nas leis do ETERNO. Alguns grupos minimizam a observância da Torá, outros a descartam, outros ainda crêem que quem observa a Torá “caiu da graça”.

- O Judaísmo Nazareno crê que existe somente uma Torá para o povo do ETERNO. Tanto judeus, quanto efraimitas restaurados (que representam a maioria dos que crêem), ou israelitas por opção [estrangeiros] devem guardar a Torá. O Judaísmo Nazareno reconhece que Atos 15 recomenda que aos resgatados na fé, deve ser dado o leite, e que gradativamente os mesmos devem ser ensinados na Torá*. Uma vez que se atinja a maturidade, é não somente um privilégio observar a Torá, como é mandamento divino. A Torá foi dada a todos os filhos de Israel e, através da dispersão de Efraim, foi oferecida em todas as nações. Agora, a Torá pode ser cumprida em seu pleno propósito através da fé em Yaohushua hol'Mehushkháy. Todos os filhos de Israel devem lembrar que a Torá foi dada a nossos pais no Monte Sinai de forma eterna e irrevogável.

NOTA de o Caminho: Idem à nota anterior... Não devemos confundir Torá com Monte Sinai; ela é anterior ao Sinai!!!

11 – PAULO

- O Judaísmo Messiânico rejeita a falsa premissa de que Rav. Sha’ul (Paulo) teria falado contra o cumprimento das mitsvot (mandamentos) da Torá. Alguns grupos crêem que Rav. Sha’ul (Paulo) falou apenas contra o “forçar um gentio” a cumprir a Torá, demonstrando a opcionalidade da mesma para os não-judeus. Outros grupos crêem que Rav. Sha’ul (Paulo) falou contra o legalismo rabínico, e não contra a Torá, e que Rav. Sha’ul (Paulo) não era contra os “gentios cumprirem a Torá”, muito pelo contrário. Ambos reconhecem que Rav. Sha’ul (Paulo) viveu uma vida reta, como um judeu zeloso e cumpridor da Torá, e que Rav. Sha’ul (Paulo) jamais falou contra a Torá, mas sim contra o mau uso da mesma.

- O Cristianismo vê na teologia paulina uma exaltação da graça acima da lei. O Cristianismo normalmente crê que não estamos mais na “dispensação da lei”, mas sim na “dispensação da graça”. Normalmente passagens do Tanach (Primeiro Testamento) que mostram que sempre estivemos na graça, e que a Torá é eterna costumam ser minimizadas. Curiosamente, o Cristianismo não vê problemas na sua interpretação de Rav. Sha’ul (Paulo) contradizer revelação anterior, pois há uma ênfase maior na revelação do “Novo” Testamento do que na do “Velho” Testamento.

- O Judaísmo Nazareno também rejeita a falsa premissa de que Rav. Sha’ul (Paulo) tenha falado contra a Torá. O Judaísmo Nazareno mantém que as “leis” condenadas pelas Escrituras como sendo um jugo pesado são, segundo a própria definição de Yaohushua, leis rabínicas, e não leis da Torá. O Judaísmo Nazareno mantém então posição semelhante ao Judaísmo Messiânico de que o problema estava no legalismo rabínico, e não nas leis do ETERNO. O Judaísmo Nazareno mantém ainda que existem versículos suficientes em todas as Escrituras que demonstram que quem ama a YAOHUH UL deve, por amor, guardar a Torá, a medida em que vai aprendendo da mesma.

Nota de o Caminho: Disse Yaohushua: Se me amardes, guardareis os meus mandamentos... Aquele que tem os meus [mandamentos e os guarda, esse é o que me ama; e aquele que me ama será amado de meu Pai, e eu o amarei, e me manifestarei a ele (Jo 14:15, 21). Na realidade, os "crentes" não RECONHECEM a diversidade das leis: A Moral [eterna - Mt 5:18] e a Cerimonial [transitória - Ef 2:15]... Paulo falava, nas ditas passagens "contraditórias" [ou contra a lei] na lei cerimonial, ou seja, rabínica; cumpridas em Cristo!
 

12 – TRADIÇÕES JUDAICAS

- O Judaísmo Messiânico enfatiza bastante a questão das tradições judaicas, e procura seguí-las ao máximo [inclusive as tais de 613 leis]. O Judaísmo Messiânico reconhece a grande importância das tradições na cultura e identidade dos judeus. Contudo, em alguns grupos, a cultura judaica é enfatizada acima da Torá. Em certos casos, mesmo quando a tradição de nossos pais, por decisões rabínicas, fere a Torá, as tradições são seguidas acima da Torá. Um exemplo disto é o uso dos fios puramente brancos nos tsitsiyot (as franjas do talit), quando a Torá determina que um dos fios seja azul. Frequentemente, a chamada “Torá Oral”, que o próprio Judaísmo Messiânico reconhece não existir, é usada como desculpa para esta atitude.

- O Cristianismo mais tradicional não tem muito interesse, a não ser por talvez um pouco de curiosidade, nas tradições judaicas. O problema principal é quando o Cristianismo confunde a tradição judaica com a Torá. Uma coisa é a imposição de uma cultura, o que é errado à luz das Escrituras. Outra coisa é pregar a obediência aos preceitos bíblicos da Torá. Quem prega a Torá, que nada mais é do que Bíblia pura e simples, é frequentemente chamado de “judaizante”.

- O Judaísmo Nazareno também reconhece o valor e a importância da cultura judaica, até mesmo no entendimento de certas passagens bíblicas. Contudo, o Judaísmo Nazareno enfatiza a observância da Torá acima de qualquer tradição. Se alguma tradição minimiza ou viola a Torá, então para o Judaísmo Nazareno prevalece a observância da Torá. O Judaísmo Nazareno também reconhece que ninguém é obrigado a cumprir as mitsvot (mandamentos) da Torá da “forma judaica”, desde que os mandamentos sejam cumpridos. Valorizamos e procuramos por uma questão cultural sempre que possível manter a identidade judaica e a forma tradicional de cumprir as mitsvot (mandamentos), e ainda procuramos manter a cultura judaica mesmo quando não há mitsvá (mandamento) envolvido. Contudo reconhecemos que a única coisa que tem autoridade sobre nós em termos de prática são as mitsvot (leis) do ETERNO. A cultura é um elemento importante, mas opcional.

Nota de o Caminho: Quando houve o Concílio de Jerusalém [At 15], os da Casa de Israel [gentios] estavam por entre as nações [observe o roteiro - em um mapa escriturístico - da segunda viagem de Sha'ul]... Conheciam a Lei, mas no entanto, estavam aculturados segundo os costumes destas nações. Mas, no entanto, o assunto polêmico não era tais costumes, mas sim a circuncisão... Não havia NADA opcional, exceto cumprir a Lei [vs 21] e se abster de alguns itens básicos [vs 20] de santificação - nada de talit, kipá ou circuncisão!!!

 

13 – AS DEZ TRIBOS

- O Judaísmo Messiânico possui visões bem variáveis a respeito deste assunto. A maioria normalmente crê que as dez tribos deixaram de existir como nação identificável e que os indivíduos que mantiveram sua identidade foram absorvidos por Yehudá (Judá). A maioria portanto crê que os judeus da atualidade são a nação visível, reunida e reconstituída de Israel, produto do reajuntamento de todas as 12 tribos. Estas 12 tribos da atualidade são conhecidos apenas como ‘judeus’, e portanto não haveria necessidade de um novo reajuntamento da Casa de Israel. Alguns grupos messiânicos contudo vêem o reajuntamento das 10 tribos de Israel como um evento futuro, que ocorrerá na segunda vinda do Messias.

- O Cristianismo tende a minimizar a questão, pois não há muito enfoque no “Israel físico”. As promessas do “Israel físico” teriam passado para o “Israel espiritual”. Dentre os que crêem que há promessas para o “Israel físico”, a maioria também vê o retorno ao Estado de Israel como sendo o cumprimento desta profecia.

- O Judaísmo Nazareno crê que a nação de Israel ainda não foi totalmente restaurada. Ambas as casas encontram-se ainda em estado de cegueira espiritual, até a consumação dos tempos [Rm 15:25]. Yehudá (Judá) continua fundamentalmente (e propositadamente) cego com relação ao Messias Yaohushua, até que o tempo de Efraim possa se completar. Esta cegueira foi a forma que o ETERNO encontrou para restaurar Efraim. Já Efraim continua, como dizem as Escrituras, amando o paganismo. Mesmo tendo sido salvos no Messias Yaohushua, a grande maioria de Efraim ainda se encontra imersa no paganismo romano. O Judaísmo Nazareno crê que tanto a restauração de Yehudá (Judá) quanto a de Efraim está se dando aos poucos. A restauração de Yehudá (Judá) está se dando à medida que os judeus começam a reconhecer em Yaohushua, o Messias prometido. A restauração de Efraim (a chamada “plenitude dos gentios” – promessa dada a Efraim pelo patriarca Yaohu'káf/Jacó) está ocorrendo a partir do momento em que Yaohushua tem feito as boas novas da restauração se propagarem pelas nações em busca das ovelhas perdidas da Casa de Israel - a missão primordial dada a Sha'ul. O Judaísmo Nazareno não crê que as 10 tribos estejam totalmente perdidas, mas apenas “dispersas” entre as nações, mas sendo restauradas no Messias.

Nota de o Caminho: O grande divisor das águas ocorrerá durante o Armagedom, quando muitos efrainitas sobreviverão - Is 24:6.


 

14 – O TABERNÁCULO DE DAVID

- O Judaísmo Messiânico crê que o Tabernáculo de David se refere apenas à Casa de Yehudá (Judá), isto é, ao povo judeu. Portanto para trazer a reconciliação bíblica nestes últimos dias, deve ser feito um esforço para reconciliar os judeus com a “Igreja”, trazendo a “Igreja” de volta às suas “raízes judaicas”. O Judaísmo Messiânico é muito ativo na restauração destes dois “corpos” do ETERNO, praticamente admitindo ou que a teologia da substituição está correta, ou que existam “duas noivas” do Messias.

- O Cristianismo crê que a restauração do Tabernáculo de David se deu com a “restauração da fé” através da criação da “Igreja”, que seria o “Israel Espiritual”. O cumprimento profético da restauração do Tabernáculo de David seria apenas no âmbito espiritual. Para dar sentido à sua teologia, é muito comum no Cristianismo a “espiritualização” de muitas promessas que se refiram a Israel.

- O Judaísmo Nazareno crê que histórica e biblicamente o Tabernáculo de David sempre foi definido como sendo Israel, e que portanto uma restauração do Tabernáculo de David seria uma restauração do povo de Israel tal qual ele era no tempo durante o qual David reinou e, consequentemente, estabeleceu o seu Tabernáculo. Naqueles tempos, o povo de Israel era um. Quando houve a separação do Reino do Norte (Israel/Efraim) e do Sul (Yehudá), o ETERNO prometeu que o povo um dia seria restaurado. O Judaísmo Nazareno é muito ativo no sentido de promover a restauração, através do Messias Yaohushua, deste relacionamento atualmente ferido entre as duas Casas de Israel, que culminará profeticamente na restauração do Reino de Israel. O Judaísmo Nazareno crê que a restauração na irmandade de Israel é bíblica e crê que o conceito cristão de que exista uma “Igreja” distinta de Israel, ou conhecida como “Israel Espiritual”, como sendo demoníaco, anti-bíblico e fictício. O Judaísmo Nazareno também rejeita a noção de que os judeus teriam status especial no Reino de Israel restaurado, pois não há base bíblica para distinção entre israelitas.

 

Nota de o Caminho: Além da RESTAURAÇÃO entre as duas casas, ocorrerá também a restauração geográfica, pois hoje, muito do Reino de Davi, está nas mãos ou de árabes [ismaelitas] ou de palestinos [os filhos de Esaú]... Não há futuro, principalmente para os palestinos - Ob 1:18; Ml 1:3...

 

15 – CONVERSÕES AO JUDAÍSMO

- O Judaísmo Messiânico crê que a única forma de uma pessoa se tornar parte de Israel é através de uma conversão ao Judaísmo. O pior disto tudo é que muitos grupos sequer possuem “ritual de conversão”, forçando os que desejam se juntar a Israel a se submeterem a uma conversão tradicional (ortodoxa ou reformista). Alguns grupos aceitam “conversões messiânicas”, outros somente “conversões tradicionais”, outros ainda apenas “conversões ortodoxas”. Infelizmente, esta crença e prática estão arraigadas na falsa premissa de que apenas o povo judeu é Israel, e que consequentemente não há israelita que não seja judeu [da Casa de Judá]. Esta crença e prática também, além de frontalmente contrária às Escrituras, é arrogante e exclusivista, e só faz fomentar a criação de classes no Reino.

Nota de o Caminho: Em muitos destes movimentos existem sinagogas para judaicos e congregações para os "gentios" - goins...

- Se o Cristianismo por um lado possui a vantagem de não fazer distinção de classes, por outro exige um tipo de conversão que fatalmente significa para o judeu ter que abandonar totalmente suas tradições e também trocar a Torá por uma fé anti-nomiana. Chega-se muitas vezes a dizer que a pessoa deixou de ser judeu para se tornar cristão. A prática da violação da Torá muitas vezes é até incentivada para que o judeu prove que “se converteu de coração”. Tal prática conversora é um verdadeiro holocausto espiritual [a inquisição não acabou!].

- O Judaísmo Nazareno entende que algumas pessoas optem por fazer o processo de conversão, desde que não neguem a Yaohushua, apenas para que sejam reconhecidos pela comunidade judaica tradicional, ou para que tenham direito a fazer aliá (irem morar em Israel). Contudo, o Judaísmo Nazareno rejeita completamente a noção de que uma conversão é necessária para que a pessoa se torne parte de Israel. O Judaísmo Nazareno reconhece que aqueles que se aproximam de Yaohushua são, em sua maioria, efraimitas que estão tendo suas raízes restauradas, ou, embora em menor escala, pessoas que desejam se unir a Israel. As Escrituras não dão base para nenhum ritual de conversão para adoção como parte de Israel, além da conversão ao UL de Israel. A idéia de conversão não só é uma invenção humana arrogante, discriminatória e que diminui a importância da graça do ETERNO, como ainda, na melhor das hipóteses, representa uma “mudança de lado” dentro de uma mesma família. Ou seja, não faz o menor sentido espiritualmente falando, nem torna a pessoa mais ou menos israelita aos olhos do ETERNO.

Nota de o Caminho: Como fator externo (demonstração e testemunho publico), faz parte da Verdadeira Conversão o ato da Imersão em Nome do Messias – Marcos 16:16. Desconsideramos TOTALMENTE qualquer conversão ao judaísmo [ortodoxo], pois estes não aceitam ao Messias - Gl 5:4.
 

16 - KASHRUT

- O Judaísmo Messiânico de um modo geral costuma seguir a kashrut (leis alimentares) puramente bíblica, tal qual o evitar porco e camarão. Alguns segmentos, embora minoritários, seguem a halachá rabínica e separam carne do leite. Este segmento contudo é minoria no Judaísmo Messiânico.

- O Cristianismo tradicional crê que Yaohushua anulou as leis da kashrut, e que portanto o ETERNO não se importaria com a nossa alimentação.

- O Judaísmo Nazareno também costuma seguir a kashrut (leis alimentares) puramente bíblica. Alguns grupos optam por seguir a halachá rabínica de separação de carne e leite apenas por uma questão de convivência com a comunidade judaica local. Porém o Judaísmo Nazareno tem como bem claro que a única coisa que tem verdadeira autoridade no assunto são as mitsvot (mandamentos) do ETERNO.
 

Nota de o Caminho: O mundo dito cristão tem por "entendimento" que as leis alimentares foram dadas por Moisés... E, como para eles, tais leis foram "cravadas na cruz", hoje pode-se comer de tudo.. Usam, inclusive - fora do contexto - Mt 15:11 para-se justificarem. No entanto, alimentos limpos e imundos [Lv 11] já era conhecido desde o Edem... Responda rápido, quantos de cada tipo de animal entrou na Arca de Noé? Um casal de cada tipo? ERROU!!! Pegue a sua Bíblia e leia Gn 7:2, 3.
 

17 – CIRCUNCISÃO (B’RIT MILÁ)

- O Judaísmo Messiânico não é unânime nesta questão. Alguns grupos defendem que os “gentios” não precisam se circuncisar, e que este seria o exemplo de mais uma mitsvá (mandamento) que só seria relevante para os judeus. Outros grupos defendem que apenas os “gentios que se convertem ao judaísmo” (vide tópico sobre conversão) devem se circuncisar. Outros grupos ainda defendem que a circuncisão, como toda mitsvá (mandamento) do Eterno, é para todos. O que esses grupos têm em comum, diferente do Cristianismo tradicional, é que reconhecem que um “gentio” pode se circuncisar, coisa que para o Cristianismo tradicional muitas vezes é vista como sendo “cair da graça”. A questão daqueles que foram circuncisados por questões de saúde também varia muito. Alguns grupos defendem o ritual de “Hatafat Dam”, que passa pela extração de uma gota de sangue do órgão sexual para poder tornar a circuncisão “kasher”, isto é, própria segundo as leis rabínicas. Outros grupos dizem que isto não é necessário, e que basta a pessoa passar a aceitar sua própria circuncisão.

- O Cristianismo tradicional não reconhece a circuncisão apesar de Gênesis 17 deixar claro que todos os que são da casa de Abru'ham, naturais ou “comprados”, deveriam ser circuncisados. Existem dois motivos para isto: o primeiro seria relacionado à doutrina de que as leis do ETERNO teriam sido abolidas. O segundo está no fato de não compreenderem a questão de Rav. Sha’ul (Paulo) ter sido contra a circuncisão por legalismo, que muitas vezes nem mesmo era uma “circuncisão”, mas sim o ritual de “Hatafat Dam” para serem aceitos no Judaísmo Rabínico. Por perder a identidade semita de sua fé, o Cristianismo acabou caindo numa não-compreensão desta questão.

- O Judaísmo Nazareno não só vê a circuncisão como sendo uma mitsvá (mandamento) pertinente a todos, como também reconhece nela uma grande importância no processo de restauração da identidade dos efraimitas. O Judaísmo Nazareno concorda com o Judaísmo Messiânico e com o Cristianismo que a circuncisão não é questão de salvação. Porém, assim como a passagem pelo mikveh (imersão), é uma questão de demonstração de obediência. Os pais tementes ao Eterno têm a responsabilidade de circuncisar seus filhos homens ao oitavo dia do nascimento. No caso de um adulto, de acordo com a ordem dos fatores estabelecida em Atos 15, deve se circuncisar tão logo adquira certa independência em sua compreensão da Torá. Aos que já são circuncisados por questões de saúde, rejeita-se a noção de que seria necessário o ato de “Hatafat Dam” (extração de sangue), que para o Judaísmo Nazareno é uma lei rabínica sem base bíblica.

Nota de o Caminho: A circuncisão torna-se um ato judaizante e vai de encontro a Atos 15:21 pois nem mesmo pelo contexto daquele primeiro concílio, ficou evidente que aquele que crescer na fé, compreenderia a necessidade da circuncisão... Na realidade, a lei da circuncisão tinha um motivo primordial: caracterizar um povo que aguardava o Messias! No entanto, também este fator deixou de existir com a Vinda do Mesmo... Rom 2:25-29. Isto já havia sido profetizado: ...e te converteres ao ETERNO teu Criador, e obedeceres à sua voz conforme tudo o que eu te ordeno hoje, tu e teus filhos, de todo o teu coração e de toda a tua alma, ...Também o ETERNO teu Criador circuncidará o teu coração, e o coração de tua descendência, a fim de que ames ao Senhor teu Deus de todo o teu coração e de toda a tua alma, para que vivas. Dt 30:2, 6. Portanto, não era necessária nos dias dos apóstolos [At 15], não é necessária hoje! Circuncisão apenas do coração!!!

 

18 – HALACHÁ

- A halachá consiste em decisões rabínicas acerca do cumprimento de uma mitsvá (mandamento). Por exemplo: a Torá fala que “é proibido trabalhar no Shabat”. A halachá diria o que significa “trabalhar no Shabat”, e assim por diante. O Judaísmo Messiânico respeita e muitas vezes aceita a halachá rabínica, muitas vezes com status de mitsvá (mandamento). A obediência à halachá tradicional muitas vezes varia de congregação para congregação, e também de acordo com a conveniência da mesma. Como o Judaísmo Messiânico luta para ser reconhecido como a quarta grande ramificação do Judaísmo (depois do Ortodoxo, Conservador e Reformista), isto pode culminar no aceitar grande parte da halachá rabínica tradicional, com grande parte de suas leis rabínicas.

- Se o Cristianismo rejeita quase todas as mitsvot (mandamentos) da Torá [principalmente o 4o mandamento, o sábado], obviamente rejeita a halachá rabínica. Contudo, muitas vezes inconscientemente, acaba adotando um preceito semelhante no que diz respeito às tradições romanas. Muitas tradições estabelecidas por Roma hoje são dogmáticas para as igrejas cristãs, em maior ou menor grau de acordo com cada igreja. O preceito é muito semelhante, embora em não tão grande escala, ao da halachá rabínica [veja, por exemplo, como eles determinam o dia da páscoa ...].

- O Judaísmo Nazareno vê a questão da halachá como sendo diferente. O Judaísmo Nazareno crê que Yaohushua deu a seus seguidores a autoridade para fazerem halachá (vide Mt 18:18). Porém, crê também na proibição explícita que existe na Torá para com adições à mesma. O Judaísmo Nazareno portanto crê que a halachá seja como jurisprudência e não [como] lei. Ou seja: o objetivo é auxiliar e orientar aos que temem ao Eterno sobre como viverem na constituição que Ele nos deu, que é a Torá. Contudo, o Judaísmo Nazareno rejeita a noção de que uma “violação à halachá” seja pecado, ou seja igual à violação à Torá, pois a halachá não tem status de lei. A halachá deve ser um benefício, um auxílio para o povo, e não um jugo, como muitas vezes o é a halachá rabínica. O Judaísmo Nazareno reconhece que muitas vezes a halachá rabínica acerta, mas em muitas outras perde o espírito da coisa, erra, e se torna um fardo. Portanto crê que os nazarenos devem ter sua própria halachá. A halachá rabínica possui instruções valiosas, mas deve ser revista aos olhos dos ensinamentos de Yaohushua, e da própria Torá (pois frequentemente a halachá rabínica viola a Torá escrita). Em suma, a halachá nazarena seria uma soma de decisões próprias com revisões das decisões rabínicas, porém todas elas colocadas em seu devido lugar, como apoio para a Torá, e não em substituição ou mesmo nível da mesma.

Nota de o Caminho: Consideramos as 613 leis (e suas orientações - halachá) produto (passível) de interpretação humana e por isto não devem ser consideradas... II Ped 1:20. Será sempre um homem que decidirá qual pode ser aplicada ainda hoje ou não!!!

 

19 – TEOLOGIA DA SUBSTITUIÇÃO REVERSA

- O fenômeno da “teologia da substituição reversa” é extremamente comum no Judaísmo Messiânico. Chega a ser irônico, pois o Judaísmo Messiânico é dos mais ferrenhos opositores da teologia da substituição. Mas o que vem a ser este fenômeno? A teologia da substituição diz [que] um corpo chamado “Igreja” substituiu Israel. Essa noção é rejeitada pelos messiânicos no que diz respeito à casa de Yehudá (Judá). Contudo, ao se recusarem a ver a questão da casa de Efraim, os messiânicos condenam os efraimitas a não terem como restaurar suas origens (a não ser que passem por “conversão ao judaísmo”), forçando-os a serem apenas parte do corpo chamado “Igreja”, e não de Israel. Ou seja, é como se a “Igreja” tivesse engolido e substituído a Efraim, mas não a Yehudá (Judá). Isto é o fenômeno da teologia da substituição reversa. A casa de Efraim, isto é, as 10 tribos, é tão semita e tão parte de Israel quanto Yehudá. E, no entanto, através deste ato de não-reconhecimento do processo de restauração de Efraim, o Judaísmo Messiânico tragicamente pratica contra eles o anti-semitismo (isto é: rejeita a origem semita de Efraim) através desta teologia da substituição reversa.

- Para o Cristianismo tradicional, esta não é uma questão relevante, pois costuma pregar a teologia da substituição para todo o Israel, quer Yehudá (Judá) quer Efraim. Os chamados “israelitas remanescentes” ou até mesmo os “re-enxertados” agora fariam parte da “Igreja”, que seria o “Israel Espiritual”. É um modelo exatamente reverso do que descreve Rav. Sha’ul (Paulo) em Romanos 11.

- O Judaísmo Nazareno é radicalmente contra qualquer tipo de teologia da substituição, incluindo nisto a sutil “Teologia da Substituição Reversa”. Ao proclamar que as duas Casas de Israel estão sendo gradativamente restauradas no Messias Yaohushua, nenhuma Casa é ignorada, rejeitada, substituída, vista como inferior ou como superior, nem tampouco é uma das casas, ou ambas, substituídas por uma instituição fictícia e inventada pelo homem chamada de “a Igreja”. A “Igreja” na concepção cristã não existe. A única “Igreja” que foi fundada pelo Eterno foi fundada no Sinai, e é chamada de Israel [a Igreja de Yaohushua; não Igreja de D-us, como dizem os messi6anicos]. Não existe nos planos do Eterno, conforme fica bem claro ao longo das Escrituras, principalmente dos Escritos dos Nevi’im (Profetas), qualquer outra instituição aos olhos do Eterno que não seja Israel. Aqueles que amam e seguem ao Eterno são parte de Israel, quer por serem naturais de Yehudá (Judá), Efraim, ou por serem israelitas por opção. Estas pessoas formam um só povo, sem barreiras e sem divisões, e são unidos espiritualmente através dos laços de amor de Yaohushua hol'Mehushkháy, em uma única entidade chamada de “Assembléia do Messias”, ou “Corpo do Messias” [congregação], que sempre foi e sempre será Israel. O Judaísmo Nazareno vê com grande preocupação o crescimento da “Teologia da Substituição Reversa” no meio messiânico.

Nota de  o Caminho: Nos dias de Yaohushua, esta igreja estava corrompida [paganizada] e é por isto que Ele a re-edificou - Mateus 16:18 - sobre a grande Verdade [rejeitada até hoje] de que Ele é o Filho do ETERNO e não o ETERNO como dizem os trinitarianos ou os unicista tais como os nazarenos...

 

20 – ORDENAÇÃO

- No Judaísmo Messiânico, não há um critério unânime para a ordenação. O que acaba ocorrendo é que, em muitas congregações, aqueles que foram ordenados no Cristianismo e migraram para o Movimento Messiânico mantêm suas ordenações como "pastores". Contudo, só são reconhecidos como rabinos pelo Movimento Messiânico tradicional aqueles que são de origem judaica. Alguns grupos messiânicos só ordenam rabinos que sejam devidamente instruídos em Yeshivot (escolas de rabinos), outros grupos ordenam ‘rabinos’ a qualquer pessoa que tenha um mínimo de conhecimento, outros grupos ainda usam o título ‘rabino’ como sendo sinônimo de pastor ou líder.

- No Cristianismo tradicional, só são ordenados pastores aqueles que possuem instrução de alguma instituição em particular [ou de sua própria denominação]. Não são vistos com bons olhos os “pastores” de algumas igrejas mais modernas que são ordenados mesmo sem terem instrução alguma. Existe, com relação ao Judaísmo Messiânico, o ponto positivo de que a ordenação não depende da origem étnica da pessoa.

- No Judaísmo Nazareno, primeiramente não existe o reconhecimento da ordenação de outras religiões. Para que alguém seja ordenado no meio nazareno, deve ser instruído na fé nazarena. O Judaísmo Nazareno também reconhece, na falta de rabinos plenamente formados, um ancião da congregação, que esteja bem fundamentado na fé nazarena, pode liderar a congregação, porém se esta liderança for em caráter mais definitivo, deve estudar para obter formação plena. O Judaísmo Nazareno é firme na posição de que para uma pessoa se sagrar rabino deve possuir um bom nível de instrução. Porém, o Judaísmo Nazareno reconhece que qualquer pessoa que partilhe da fé nazarena pode se tornar um rabino, quer judeu, quer efraimita, quer israelita por opção. Não há base bíblica para a “distinção de berço” para a figura de um rabino.

Nota de o Caminho: A instrução prévia é justa, pois antes de pregar algo, a pessoas deve se familiarizar - e aceitar ou viver - o que prega! No entanto, a CIC - Congregação Israelita o Caminho, não usa a terminologia pastor ou rabino por serem de uso particular [segundo as suas crenças particulares] destes  três movimentos... Preferimos usar terminologias tais como ROSH [líder congregacional], ANCIÃO [em vez de bispo ou lipekasch] e DIÁCONOS...

 

21 – MEMBRESIA

- Embora isto não seja fato para todas as congregações messiânicas, a MJAA (Messianic Jewish Alliance of America) só reconhece membresia total, com direito ao privilégio de voto, a quem seja judeu. Aos “gentios” é oferecido apenas o status de “associado”. Os associados da MJAA podem dar dízimo, ofertas, etc. mas não têm direito à membresia completa [conveniente, não é?]. A MJAA não considera esta posição como racista, mas sim como uma proteção da identidade judaica do movimento. Já a UMJC (Union of Messianic Jewish Congregations), a segunda organização mais importante do movimento messiânico, pensa diferente e dá direito de membresia total a qualquer pessoa que ame ao Eterno.

- Neste ponto, novamente o Cristianismo está em vantagem com relação ao Judaísmo Messiânico. Nenhum membro é obrigado a dar certidão de nascimento, sobrenome ou provar linhagem para possuir status de membro em uma organização cristã.

- A UNJS (Union of Nazarene Jewish Synagogues) também oferece membresia a qualquer pessoa que ame e siga ao UL de Israel. A UNJS não vê com bons olhos o sistema de “associação para membros não-judeus” da MJAA, pois cria uma divisão no Corpo do Messias (Israel). A UNJS mantém que se uma pessoa é aceita pelo ETERNO como parte do Corpo do Messias (Israel), quer judeu, quer efraimita, quer israelita por opção, então essa pessoa também tem direito a pertencer a qualquer organização que alegue representar ao Criador de Israel.

Nota de o Caminho: Nossa única regra, é que a pessoa estude a razão de nossas crença - I Pe 3:15 - e seja imerso em o Nome de Yaohushua!!! Quanto ao dízimo, cremos que após o sacerdócio levítico - cravado na cruz - ficou-nos o sacerdócio de Melquisedeque, onde Yaohushua é o Sumo-sacerdote e nós, sacerdotes [o sacerdócio de todo o crente - I Pe 2:9]. No entanto, a congregação deve ser mantida pelos seus membros com as sua ofertas e quando um membro assim o desejar, pode dizimar [pacto]. Seguimos Sha'ul aos corintios - II Co 9:7.

22 – A DIVINDADE DE YAOHUSHUA

- Quando foi estabelecido, o Judaísmo Messiânico (o movimento moderno) era composto unicamente por homens que defendiam com unhas e dentes a divindade do Messias Yaohushua. Isto é: o fato de que Yaohushua é a manifestação física do ETERNO [unicismo]. Contudo, a exemplo do que aconteceu historicamente com o Cristianismo, hoje em dia existem grupos que apostataram e o consideram como um ser divino porém separado do Eterno. Ao contrário do que aconteceu com o Cristianismo, muitos destes grupos têm permanecido dentro do movimento messiânico, pondo em risco a sã doutrina do movimento. Deve haver uma ação em cima deste problema o mais rápido possível. Para citar um dos grandes líderes do movimento “esta [heresia] está destruindo o movimento.”

- O Cristianismo neste ponto acerta ao considerar apóstatas os grupos que negam a divindade do Messias. A divindade do Messias também é uma doutrina fundamental do Cristianismo; no entanto; dentro de uma trindade...

- O Judaísmo Nazareno tem como pilar fundamental de fé o fato de que o Messias é uma manifestação do Eterno, e não um “deus à parte”. Para fazer parte da UNJS, toda congregação deve professar essa verdade de fé sobre a divindade do Messias. Vários líderes e congregações tiveram seus pedidos de filiação rejeitados por não partilharem desta doutrina que consideramos fundamental no Judaísmo Nazareno.

Nota de o Caminho: Isto é uma espécie de modalismo às avessas... As Escrituras nos deixam evidente que o Messias é o Filho do Eterno e no entanto, apesar de Sua individualidade, totalmente submisso ao Pai - Prov 8:22-30; I Cor 8:4-6; Efe 4:5-6; João 17:3; Apoc 3:21; etc. Disto, depreende-se que temos duas pessoas divinas; não dois deuses!!! Para os unicistas, fica difícil explicar I Co 15:4up, 5-6... Esta é uma das principais razões do porque muitos dos nazarenos rejeitarem as Cartas de Sha'ul e de terem "preparados" os tais Manuscritos Semitas! Os nazarenos tem usado tal expediente [aproveitando-se da primazia do Hebraico Arcaico ou Aramaico sobre o grego, para o NT] para impor o unicismo: Observe a ressalva do autor deste estudo [colocada em negrito, acima] para que se possa ser um membro deste movimento eclético [recentemente até mesmo um "Curso de Teologia" foi oferecido desde que se aceitasse este tópico unicista]...

 

23 – OS ESCRITOS DOS NAZARENOS

- O Judaísmo Messiânico também não possui uma posição bem definida quanto à origem dos manuscritos dos Escritos dos Nazarenos (isto é, o “Novo” Testamento). Alguns grupos crêem que os originais foram escritos em línguas semitas, isto é, em hebraico e/ou em aramaico, e consideram que isto é importante para entendermos a verdade das Escrituras. Outros grupos partilham desta crença, mas adotam os manuscritos gregos como sendo os mais próximos dos originais. Outros ainda, embora em menor número, crêem que o “Novo” Testamento foi escrito essencialmente em grego.

- O Cristianismo tradicional, embora alguns grupos mais modernos discordem, crê que o “Novo” Testamento foi escrito fundamentalmente em grego. Alguns grupos crêem que houve uma tradição oral em aramaico antes dos escritos se consolidarem em grego, mas a grande maioria mantém que a autoria foi em grego.

- O Judaísmo Nazareno considera histórica, linguística e culturalmente impossível que o “Novo” Testamento tenha sido escrito em grego, visto que os escritores eram de origem semita. A crença na primazia hebraica e aramaica é vista como sendo fundamental para o esclarecimento de alguns pontos importantes da fé. Existem variações na opinião sobre quais sejam os manuscritos mais próximos dos originais, mas existe uma unanimidade na aceitação de que os originais tenham sido semitas.

Shaul BenTsion

Nota de o Caminho: Amnao! Todas as Notas e colchetes fazem parte da nossa edição... Tal estudo ocasionou algumas reações do messiânicos. Na edição anterior, tínhamos colocado algumas destas posições [principalmente de um ex-nazareno, agora messiânico - este opositor é co-autor da versão dos Escritos Nazarenos, a B'rit Chadashá - ha'Teshuvá]; mas achamos por bem tirar tais refutações; apenas deixando claro a nossa posição que tende mais para os nazarenos exceto no unicismo [e nossas notas]!!

 

...mas ponde tudo à prova. Retende o que é bom; I Tes 5:21

 

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Quem São os Gentios

 

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Estamos preparando a primeira edição das:

Escrituras Sagradas segundo o Nome [ESN - by CIC]

 ...totalmente Unitariana, sob a ótica de Jo 1:3 onde TUDO foi criado por Yaohushua... Sendo assim, muitas passagens onde os judaicos [e trinitarianos] não identificam Yaohushua, está claramente identificado nesta edição... Além disto, TODOS os nomes de profetas, personagens e locais geográficos estão no Hebraico Arcaico, a língua original das Escrituras. O seu lançamento está previsto para Dez/2009. Reserve o seu exemplar a um preço muito especial!!!

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