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SHEMA ISRAEL, ADONAI ELOHENU, ADONAI ECHAD! DEUT 6:4

 

O Termômetro e o Templo

Por Sha'ul Bentsion


1 – OS RELATOS JUDAICOS

Uma das coisas mais belas do povo judaico, que a meu ver foi aprendido através do relacionamento dele com D-us são os relatos históricos, passados de geração em geração. Certa vez conversei com um historiador, que se disse muito impressionado com a capacidade de Israel de preservar sua memória.

Muitos destes relatos encontram-se na literatura rabínica. Apesar de não terem o status que a Bíblia tem, de palavra inspirada do Eterno, estes relatos também podem enriquecer nossa compreensão sobre o pano-de-fundo em que a Bíblia ocorreu, o que nos traz uma melhor compreensão do texto.

2 – OS MILAGRES DO TEMPLO

Uma destas tradições diz respeito aos milagres que ocorriam no Templo. Diz a literatura do Talmude que no Templo de D-us haviam dois milagres que ocorriam no Yom Kipur para demonstrar que o Eterno concedera o perdão dos pecados de Israel. Tais milagres significavam a presença do Eterno no Templo, e de acordo com os rabinos, era um termômetro da condição espiritual de Israel. Eis os milagres:

I – Quando havia o sorteio das pedras para verificar qual seria o bode expiatório, era considerado sinal de bênção quando a pedra sorteada era a branca (que representava a pedra do S-NHOR)

II – No Yom Kipur, amarrava-se uma fita escarlate na porta do templo, a qual tornava-se branca, representando que o sacrifício fora aceito pelo S-NHOR

3 – APÓS A VINDA DE YESHUA

Após a vinda de Yeshua, ocorreu que não só tais milagres cessaram, como também dois eventos sobrenaturais passaram a ocorrer:

I – A luz da ponta ocidental da Menorah apagava-se sozinha, por mais que houvesse o cuidado para que isto não ocorresse;

II – As portas do Santuário abriam-se automaticamente, num indício de que a destruição estaria por vir.

Tais eventos indicavam que Israel encontrava-se no pior estado espiritual de toda a sua história. Veja o que diz o Talmude a respeito:

"Durante os últimos quarenta anos antes da destruição do Templo o bote ['para o S-NHOR'] não apareceu na mão direita; nem a faixa escarlate se tornou branca; nem a luz do extremo ocidente [da Menorah] brilhou; e as portas do Hekal (Santuário) não se abriam sozinhas, ate que o R. Johanan b. Zakkai as repreendeu, dizendo: Hekal, Hekal, porque está sendo alarmista? (ou seja: prevendo a própria destruição) Eu sei que você será
destruído, pois Zacarías ben Ido (o profeta Zacarías) já profetizou a teu respeito: Abra tuas portas, Oh Líbano, para que o fogo consuma os teus cedros." (Yoma 39b - Talmude)

Repare que isto ocorreu imediatamente após a rejeição ao Mashiach. Será que é coincidência que a vinda de Yeshua e sua não-aceitação ocorreram justamente no período de pior condição espiritual de Israel? A pergunta fica no ar...

4 – SIMPLICIDADE

Note que os milagres que D-us operava para demonstrar sua presença no Templo eram indubitavelmente de origem divina, mas eram coisas simples. Não era um `show bizness'. Da mesma forma, devemos aprender a reconhecer D-us não apenas nos milagres cinematográficos, mas nas pequenas coisas que são como termômetro de nossa condição espiritual.

5 – OS SINAIS EM NÓS

A Palavra do Eterno diz que somos o Templo de D-us: "Vocês não sabem que são santuário de Deus e que o Espírito de Deus habita em vocês?" (I Cor 3:16; Apoc 3:20)

O livro de Joel também deixa claro que no momento em que D-us escolheu nos fazer Templos do Seu Ruach (Espírito), também há sinais da presença dEle.

"Acontecerá depois que derramarei o meu Espírito sobre toda a carne; vossos filhos e vossas filhas profetizarão, os vossos anciãos terão sonhos, os vossos mancebos terão visões;" (Joel 2:38)

6 – GRANDIOSIDADE?

Temos o costume de interpretar as coisas acima como `feitos grandiosos', no melhor estilo de tele-evangelismo. Ora, não era assim que os judeus haveriam entendido Joel. Primeiramente, entende-se Joel 2:38 com um senso COMUNITÁRIO. Aqui, estamos falando do povo como um todo.

Em segundo lugar, a passagem de Joel refere-se à abundância da ação do Espírito, e não a um `mega-show'. Antes de estarmos prontos para tal coisa, precisamos entender que D-us se manifesta nas pequenas coisas. Uma voz sutil, uma intuição, o `estar no lugar certo na hora certa', o ter a oportunidade de compartilhar o Evangelho. Como esperar coisas grandiosas sem antes termos atingido maturidade nestas pequenas coisas?

7 – COMO ESTÁ NOSSA VIDA ESPIRITUAL?

A lição do Templo é muito valiosa. Será que temos sido capazes de enxergar os pequenos milagres que D-us tem operado em nossas vidas? D-us tem falado com você? Tem se manifestado em pequenos milagres? Têm te usado para abençoar outros? Será que os sinas de D-us estão apontando para a presença dEle, ou para a Sua ausência?

Lembremo-nos que assim como Hekal (o Santuário) tentou de forma contínua e insistente alertar ao povo da ausência de D-us na vida deles, o Espírito também se manifesta em nós com tais alertas. Porém, será que estamos prontos para ouvir a voz do Altíssimo?

Que o S-NHOR possa de fato renovar nossa vida espiritual e que possa nos usar para de fato sermos testemunho de que sua Shechinah (presença do Eterno) está sobre nossas cabeças.

Shalom U'B'rachah (Paz e Bênção),
Sha'ul Bentsion

www.torahviva.org

 

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