O Casamento!!! |
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O casamento
judaico torna-se cadosh através de todo o significado que
permeia a cerimônia em todos os detalhes, através de kidushin,
consagração, e os alicerces que deverão formar o novo lar e o
relacionamento do casal |
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OBS: O casamento judaico
por seguir o Padrão Bíblico deve ser usado, por nós, como modelo! |
O Casamento
na Nova Aliança |
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1 - O Dia do
Casamento |
12 - Convidados
especiais |
2 - Micvê, o banho
ritual de corpo e alma |
13 - Cobrir o rosto da
noiva |
3 - O jejum
do dia do casamento |
14 - O casamento |
4 -
O Kitel |
15 - As velas |
5 -
O Talit |
16 - O cortejo |
6 - O vestido da
noiva |
17 - A chupá - o pálio
nupcial |
7 - O contrato de
noivado |
18 - As sete voltas |
8 - O contrato de
casamento |
19 - Kidushin -
consagração |
9 - Cabalat Panim -
cerimônia de saudação aos noivos |
20 - A aliança |
10 - A recepção da
noiva |
21 - O ato de quebrar
o copo |
11 - A recepção do
noivo |
22 -
Guia Prático de uma Cerimônia |
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1 - O Dia do
Casamento |
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O dia do casamento para os noivos
da Nova Aliança é como um Yom Kipur pessoal. É antecedido por um dia
de
jejum, oração, atos de bondade (tsedacá) e reflexão espiritual.
Costuma-se dizer que
neste dia YAOHU UL perdoa completamente ambos pelas transgressões
cometidas em suas vidas, para que possam começar suas vidas de
casados em um estado totalmente puro.
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2 - Micvê, o
banho ritual de corpo e alma |
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Antes da núpcias (no
dia anterior), a
noiva deve imergir nas águas do micvê (renovação) para uma purificação
espiritual. Recomenda-se
que nesta data o noivo também se purifique no micvê com este mesmo
propósito. Após a micvê, deve-se iniciar o período de jejum...
OBS: Se um dos
noivos ainda não é batizado, esta é a ocasião!
A união conjugal do
casal é uma expressão física da unidade espiritual dos dois.
Afirmando esta unidade dentro do quadro de uma orientação Divina das
leis de Taharat Hamishpachá (a pureza familiar) a imersão no micvê
transforma um ato físico em um ato cheio da santidade Divina. Isto
atrai as bênçãos Divinas de paz e harmonia e tudo de bom no meio do
lar e da família.
Por ser um assunto
extremamente complexo, que requer um esclarecimento mais amplo e
profundo, as leis de pureza familiar são minuciosamente estudadas
pelo noivo e pela noiva com orientadores competentes.
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3
- O jejum
do dia do casamento |
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Uma antiga tradição
aconselha noiva e noivo a jejuarem no dia de seu casamento, desde o
nascer do sol até depois da cerimônia em baixo da chupá, pálio
nupcial, comendo a sua primeira refeição juntos no fim da cerimônia
nupcial (em certos dias festivos como em Shabat, Rosh Chôdesh,
Chanucá, etc. não é permitido jejuar).
Além do jejum, os
noivos lêem salmos e oram pelo perdão de YAOHU UL (como em Yom Kipur).
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4 - O Kitel |
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Antes da chupá, o
noivo veste o kitel branco, veste tradicionalmente usada em Yom
Kipur, sob seu terno. É esse o seu traje durante toda a cerimônia da
chupá. O kitel lembra uma mortalha. Mesmo neste seu dia mais feliz o
homem deve lembrar que é mortal. Este pensamento afastará a pessoa
do pecado, pois terá sempre YAOHU UL em mente.
Recordar o dia da
morte é também um lembrete para o casal que o casamento deve
perdurar até o último dia de suas vidas...
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5 - O Talit |
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No Monte Sinai, no
"Grande Casamento" entre YAOHU UL e o povo de Israel, os judeus tiveram
a visão de YAOHU UL envolto em um talit, xale de orações. Por este
motivo, é um antigo costume judaico que a noiva dê ao noivo um talit
novo como presente antes do casamento (e o noivo presenteia a noiva
com um par de castiçais).
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6 - O vestido da
noiva |
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A tradição nos conta
que YAOHU UL, Ele próprio, enfeitou Chava (Eva), a primeira mulher, para
o seu casamento com Adam (Adão). Por esta razão, a noiva se prepara
e se enfeita para o seu casamento.
Costuma-se usar
vestido de cor clara, que indica pureza, já que todos os pecados dos
noivos são perdoados no dia de seu casamento.
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7 - O contrato de
noivado |
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A tradição judaica
especifica que, antes da cerimônia do casamento, os contratos, num
texto padrão, sejam elaborados num documento escrito e assinado por
duas testemunhas e pelos noivos. As testemunhas devem ser homens
adultos, seguidores das mitsvot, preceitos, da Torá, sem serem
parentes dos noivos e entre si. Deve ser assinado pelo noivo e as
testemunhas antes da chegada da noiva.
O casamento pode ser
dissolvido em três ocasiões (protegendo a mulher):
Desaparecimento do marido sem deixar vestígios: a autoridade civil
declara que a viúva é livre para um novo casamento.
Divórcio: o casamento é idealmente permanente, mas não indissolúvel.
Ele é permitido no caso de ofensa matrimonial grave e quando todas
as tentativas de reconciliação falharem. É necessário obter a
dissolução civil antes do divórcio judaico; caso contrário, se a
mulher casar novamente, será considerada adúltera.
Morte do marido sem deixar descendência: Biblicamente a mulher está
sujeita à lei do levirato, ou seja, o irmão do seu finado marido é
obrigado a casar-se com ela para que o seu nome não seja apagado de
Israel. Esta lei pode ser eximida de obrigação com a realização de
uma cerimônia chamada chalitzá (descalçar o sapato). Os judeus
progressistas desaprovam esta lei e mesmo a dispensam.
O contrato de noivado
pode ser feito com antecedência, mas há um costume de realizá-lo
logo antes da chupá, são lidos e assinados na Cabalat Panim, antes
da cerimônia de casamento (numa cerimônia intima). Após a leitura do documento, as mães dos
noivos quebram um prato de porcelana. O prato de porcelana é
quebrado para indicar que como a porcelana nunca pode ser
consertada, um contrato de noivado quebrado é muito grave.
Ali, lemos:
"Eu te consagro a Mim para sempre. Eu te consagro a Mim em
misericórdia e em julgamento, e em amor, e em retidão. Eu te
consagro a Mim em fidelidade, e tu conhecerás YAOHU UL" (Oséias 2:21-22)
Sete expressões de noivado entre Yaohushua e a (o noivo e igreja) a noiva
(Ela)
"Noite após noite, busquei aquele que minha alma adora!..."
"O seu falar é cheio de meiguice e tudo nele me deslumbra e encanta!
Exatamente assim é meu amado e meu amigo..."
"Eu pertenço ao meu amado e meu amado é meu!"...
(Ele)
"Ó, como és bela, amiga minha, e como és mimosa!...
És toda bela, amiga minha, e em ti mancha nenhuma existe...
Esposa minha e minha irmã, roubaste, sim, meu coração, apenas
com um de teus olhares..."
"Quem é esta que surge como a aurora,
tão bela como a lua e tão brilhante como o sol ?..."
"Ó, como és bela, como és graciosa,
minha amada, delícia de minha alma!..."
Do Cântico dos Cânticos, Shir Hashirim, do Rei Salomão
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8 - O
contrato de casamento |
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O contrato matrimonial
(não confunda com o contrato de noivado que contem responsabilidades
mutuas) especifica as responsabilidades do marido para com sua
esposa, como provê-la com alimento, roupa e direitos conjugais e
costuma-se usar um modelo de texto básico...
A assinatura da Ketubá, contrato
judaico de casamento, demonstra que os noivos não vêem o casamento
apenas como uma união física e emocional, mas também como um
compromisso legal e moral. Dois homens seguidores das mitsvot servem
de testemunhas no ato da assinatura da Ketubá, assegurando que tudo
seja feito de acordo com a prática legal e tradicional judaica.
Na ketubá podem ser
encontradas dez prescrições da Halachá. Três estão escritas na Torá:
o marido deve alimentar sua mulher, vesti-la e unir-se a ela
conjugalmente. As outras dizem que ele tem o dever de tratar sua
mulher quando ela estiver doente, comprá-la de seus seqüestradores
se mantida em cativeiro, enterrá-la se vier a morrer, dar-lhe uma
moradia decente, assegurar sua subsistência, assim como de suas
filhas, e se o marido vier a morrer, ter previsto uma reserva para
seu futuro. São citadas algumas obrigações específicas entre os
esposos e seus pais, assim como a soma que ele deve dar à sua mulher
em caso de divórcio (este item, hoje, pode ser deixado para ser
definido pela lei civil). A mulher deve guardar este documento por toda a
vida.
Antigamente existia uma verdadeira arte em torno da confecção de uma
ketubá e famílias mais abastadas usavam documentos belíssimos, com
lindas ilustrações e bênçãos. Foram assim conservadas ketubot
magníficas, de grande valor artístico, que hoje são peças de museus.
Clic Aqui para ver um
modelo...
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9 - Cabalat
Panim - cerimônia de saudação aos noivos |
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A celebração do
casamento judaico inicia-se com a Cabalat Panim, uma recepção na
qual o noivo, e a noiva, são cumprimentados por parentes e amigos. A
noiva e o noivo sentam-se em locais distintos e as recepções ocorrem
separadamente, já que noivo e noiva não se vêem na semana anterior
ao casamento (alguns costumam não se ver desde a noite do micvê ou
no mínimo, não se tocarem).
A tradição nos diz que
em certas ocasiões especiais YAOHU UL escuta e atende nossas preces com
mais intensidade: nos momentos do acendimento das velas de Shabat na
sexta-feira à noite, por exemplo... Para o noivo e noiva, o dia do
casamento é outra destas ocasiões especiais, especialmente em baixo
da chupá. É costume e apropriado se aproximar dos noivos e pedir a
eles que orem por um amigo ou pessoa querida que necessita
particularmente das bênçãos de YAOHU UL (por alguém que se encontra
enfermo, por alguém que deseja casar-se, etc.).
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10 - A
recepção da noiva |
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É um mandamento
positivo, de origem rabínica, honrar e louvar a noiva, providenciar
o que ela necessita e alegrá-la com os nossos presentes. O Talmud designa-lhe um "trono de
noiva" e instrui todos os que comparecerem a agir como seu séquito.
A noiva neste dia é chamada de rainha e o noivo, de rei.
Durante a recepção
nupcial, cercada por sua família, a noiva senta-se sobre o seu
"trono" (uma cadeira decorada especialmente para isto) e é cumprimentada pelas convidadas, enquanto parentes e
amigas dançam em sua honra.
Deste costume, nasceu
o "chá de panelas" no mundo ocidental
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11 - A recepção do
noivo |
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Em certas comunidades,
o noivo, recita um Maamar (discurso chassídico de Torá) sobre o
significado espiritual do casamento. Com isto ele demonstra que,
mesmo no momento mais feliz de sua vida, não esquece de YAOHU UL e da
Torá. Ele quer que seu casamento esteja baseado nos fundamentos da
Torá.
Em alguns círculos, as
pessoas costumam interromper o noivo com canções no meio de seu
discurso. Sendo o casamento uma réplica da outorga da Torá, já que
YAOHU UL pronunciou os Dez Mandamentos, o noivo profere um discurso: mas
assim como as Tábuas da Lei foram quebradas, também o discurso do
noivo é interrompido...
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12 -
Convidados especiais |
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Parentes das gerações
anteriores, tem lugar de destaque nos casamentos, representando a
sabedoria e experiências do dia a dia...
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13 - Cobrir o rosto
da noiva |
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A última etapa
preparatória para o casamento ocorre quando o noivo, acompanhado por
seus pais e todos os convidados, se dirige até o local onde a noiva
está recebendo os convidados. Lá, ele coloca o véu sobre a cabeça da
noiva, que fica ladeada pelas duas mães.
Neste momento, é
costume os pais abençoarem a noiva, colocando suas mãos por cima da
cabeça da noiva e proferindo a bênção: "Que YAOHU UL te faça como as
matriarcas Sara, Rivca, Rachel e Lea" e também a bênção sacerdotal.
Os pais podem também
acrescentar qualquer bênção ou prece particular. Aprendemos a
proceder assim de YAOHU UL, que abençoou Adam e Chava antes de seu
casamento.
O costume de se cobrir
o rosto da noiva lembra a nossa matriarca Rivca, em seu recato,
cobrindo seu rosto com um véu em seu primeiro encontro com Yitschac.
Cobrir os cabelos
simboliza a modéstia que caracteriza as virtudes da mulher judia. O
casamento de Yitschac com Rivca marcou o começo do povo judeu.
Imitando o gesto de Rivca, a noiva espera de que seja igualmente
merecedora das bênçãos Divinas no seu casamento.
Outro motivo pelo qual
o noivo cobre o rosto da noiva é que a Presença Divina irradia do
rosto da noiva neste momento, e por isto deve ser coberto (como
Moshê). Mais um
motivo é para indicar que o noivo não está interessado apenas na sua
beleza física, pois beleza é algo passageiro, pode desvanecer com o
tempo. Ele está atraído pelas suas qualidades espirituais, algo que
ela nunca irá perder.
De certa maneira, cada
noiva é um reflexo de Rivca, pois o casamento não é somente um
processo particular que une duas pessoas dispostas a construir um
lar individual, mas é uma instituição sagrada que abrange o povo
todo. É uma união que traz à tona milhares de resultados benéficos
para o casal e para toda a comunidade.
No seu caminho para a
chupá, o noivo, junto com seus acompanhantes, faz uma rápida parada
num local (geralmente o lar de seus pais) onde vestirá o kitel, manto branco, e prosseguem até a chupá
(na congregação) seguido pela noiva, acompanhada pelas duas mães e pelas
mulheres presentes.
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14 - O casamento |
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Os pais que acompanham
o noivo e a noiva até a chupá seguram velas acesas. Já que os noivos
são comparados a rei e rainha, devem ser escoltados por um séquito.
Nossos sábios nos
contam que no casamento do primeiro casal, os anjos Michael e
Gavriel escoltaram Adam e o levaram até Chava. Também Moshé e Aharon
levaram o povo de Israel para o "casamento" com YAOHU UL, ao redor do
Monte Sinai. Assim como YAOHU UL foi acompanhado pelas duas Tábuas da
Lei e por miríades de anjos, os noivos são acompanhados pelos pais.
Os acompanhantes que
levam as velas ficavam à direita e à esquerda dos noivos. A mão
direita representa bondade e a esquerda, firmeza. Direita e esquerda
simbolizam o relacionamento entre o casal que deve ser
contrabalançam com amor e firmeza - saber dar e não procurar só
receber.
(Neste momento em que
a noiva está se aproximando, o noivo deve ir ao seu encontro e
tomá-la pelas mãos e conduzi-la, de mãos dadas, até a chupá).
Aharon, que procurava
a paz e o amor entre as pessoas, personifica a harmonia que deve
existir entre marido e mulher; e Moshê, que recebeu a Torá,
representa as leis e regras que devem reger a nossa vida. Leis e
regulamentos devem ser obedecidos num espírito de união e cessão,
entrando o casal sempre em acordo.
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15 - As velas |
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O motivo do uso das
velas é que, quando acesas, parecem com uma tocha de luz, lembrando
os relâmpagos faiscando no Monte Sinai que acompanharam o povo de
Israel, e o fulgor que acompanhou YAOHU UL, na outorga da Torá.
As velas também
representam Yaohushua, a luz do mundo, presente nesta ocasião
sagrada!
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16 - O cortejo |
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O noivo chega primeiro
ao local onde a chupá foi edificada (que também pode estar dentro do
templo), lembrando a outorga da Torá. YAOHU UL apareceu na montanha e
precisou esperar o povo de Israel. Outro motivo porque o noivo vem
primeiro é que um casamento só pode ser ajustado com o consentimento
da mulher. Por isto, ela vai à chupá para o noivo, mostrando que
realmente deseja este casamento.
É costume que os
noivos não levem nada nos bolsos, nem usem jóias durante a cerimônia
da chupá, para indicar que cada um é aceito pelo outro por aquilo
que é e não por causa das suas posses. Outro motivo é que o noivo,
no dia do seu casamento, é como o Cohen Gadol (o Sumo Sacerdote) em
Yom Kipur, quando entrava no santo dos Santos. Lá ele usava uma
roupa branca simples, sem bolsos e sem trajar suas roupas douradas.
Assim como os Leviyim
(levitas), acompanhavam o serviço Divino no Templo com instrumentos
musicais, também os noivos são acompanhados com música à chupá.
Após as bênçãos
sacerdotais, o noivo deve oferecer e enfeitar a noiva com suas jóias
especialmente reservadas para esta ocasião (interessante que estas
sejam uma surpresa para a noiva)!
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17 - A chupá - o
pálio nupcial |
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A cerimônia do
casamento deve ser realizada preferivelmente sob céu aberto,
lembrando a bênção de YAOHU UL para que a semente de Avraham fosse tão
numerosa como as estrelas. A cerimônia ocorre sob a chupá (huppah -
Ver o Salmo 19:5; Joel 2:16), cobertura
ou proteção, que representa a casa que o novo casal irá estabelecer
unido.
Da mesma forma como a
tenda de Avraham era aberta nos quadro lados para acolher hóspedes
de todas as direções, a chupá aberta simboliza o desejo de sempre se
ter um lar aberto e acolhedor.
A chupá envolvendo os
noivos representa a bênção infinita de YAOHU UL em resposta a busca de
ambos. Uma bênção que ajudará a frutificar seus desejos de construir
um lar sobre a fundação de Torá e mitsvot.
A chupá por cima da cabeça dos
noivos simboliza que estas duas vidas estavam inicialmente
interligadas e unidas, e que seu encontro e casamento constitui
realmente uma união almejada por YAOHU UL. Isto explica a
grande alegria de um casamento. Uma união nascida em YAOHU UL é
muito mais prazerosa do que a união sem as orientações Divinas.
A chupá também
relembra a Revelação no Monte Sinai, onde o povo de Israel foi
consagrado a YAOHU UL, quando Ele trouxe a Nuvem (Yaohushua)
sobre suas cabeças como uma chupá. A chupá também lembra o Mishcan, Tabernáculo, o
Santuário de YAOHU UL, construído no deserto do Sinai. Seu teto foi
feito de tapeçarias apoiadas sobre colunas de madeira, como a chupá.
A chupá também
representa o conceito da harmonia conjugal, o qual só pode ser
alcançado com amor e respeito e quando o casal se dedica a uma meta
comum acima e além do seu próprio ser limitado; a uma meta Divina
que os abrange, abraça, eleva e refina.
A chupá sob o céu
aberto, reflete a esperança de que esta união será abençoada com
muito brilho, como as estrelas que iluminam o céu. Às vezes, uma
estrela parece não ter muita claridade, mas dá para reconhecer que
ela está emitindo luz na imensa escuridão do céu. Assim também na
vida de um indivíduo ou de um casal, há mérito e valor em cada ato,
palavra ou pensamento por mínimos que sejam.
A felicidade se
desenvolve a partir do total de pequenas minúcias e detalhes que
constituem a vida cotidiana de um casal. Respeitando o próximo em
áreas maiores é apenas civilidade. Respeito e consideração nos
pequenos detalhes é indicativo de um relacionamento realmente
afetivo e saudável.
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18 - As sete voltas |
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Ao chegarem à chupá, a
noiva, os pais (e, segundo a tradição de alguns, até os avós)
circundam o noivo sete vezes. Este é um costume de origem
cabalística, difundido apenas entre as comunidades judaicas
ashkenazitas (ocidentais). As voltas são alusivas aos sete dias da
Criação.
Outros motivos das voltas:
Lembra as sete
expressões de noivado entre YAOHU UL, o noivo, e Israel, a noiva. "Eu te
consagro a Mim para sempre. Eu te consagro a Mim em misericórdia e
em julgamento, e em amor, e em retidão. Eu te consagro a Mim em
fidelidade, e tu conhecerás YAOHU UL."
No dia do seu
casamento o noivo é comparado a um rei. Assim como o rei é cercado
pela sua legião, o noivo deve ser rodeado pela noiva e o seu séquito.
Recorda as sete vezes
que as tiras dos tefilin são enroladas no braço do homem. Assim como
o homem se liga em amor a YAOHU UL, assim ele é "amarrado" à sua esposa,
entre outras razões.
Após terminar as sete
voltas, a noiva fica ao lado direito do noivo, em sinal que estará
sempre a seu lado para qualquer ajuda.
Quanto à nós, noivos,
testemunhas e parentes, dão uma única volta em torno da chupá e na
sequência é pronunciada a Benção Sacerdotal e, o noivo, coloca o
anel no dedo anular esquerdo da noiva, seguido pelo mesmo ato da
noiva!
O Rebe explica o
significado da volta e da colocação do anel, adquirido
pelo noivo, no dedo da noiva:
"Em sua nova vida e
estabelecimento de um lar messiânico, é da máxima importância que noivo
e noiva renovem sua devoção a YAOHU UL e ao Serviço Divino; uma devoção
acima de todos os limites, superior à sua inteligência e aos seus
sentimentos limitados, mas principalmente uma devoção absoluta para
seguir a YAOHU UL e Seus mandamentos. Mesmo se não encontram motivos
para uma lei específica, ou se são desafiados em qualquer aspecto,
material, física, emocional e espiritualmente, ambos permanecerão
leais a YAOHU UL, à Sua Torá e às Suas mitsvot.
"Este tipo de devoção
é simbolizado por um círculo, que não tem início nem fim,
representando uma dimensão que está além dos limites; que é total. O
circundar dos noivos em torno da chupá representa o seu investimento
no casamento por um compromisso absoluto à construção de um lar de
acordo com a vontade de YAOHU UL. A aliança que o noivo oferece à noiva
representa o seu investimento de uma devoção ilimitada e essencial a
YAOHU UL, Sua Torá e mitsvot. (Leis e Mandamentos)"
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19 - Kidushin -
consagração |
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Já que o casamento é
uma mitsvá, preceito Divino, uma bênção é recitada antes de sua
execução em agradecimento pela santificação de YAOHU UL à união.
O casamento judaico
torna-se cadosh (santo) através de todo o significado que permeia a
cerimônia em todos os detalhes, através de kidushin, consagração, e
os alicerces que deverão formar o novo lar e o relacionamento do
casal.
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20 - A aliança |
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A entrega da aliança
pelo noivo e sua aceitação pela noiva constitui o ato central da
santificação do casamento. É um vínculo eterno que fica
estabelecido. A partir do momento em que a aliança é colocada no
dedo da noiva, o casal, de acordo com a Lei Judaica, é considerado
casado.
A aliança simboliza o
elo numa corrente, também um círculo sem fim representando o ciclo
da vida.
O ato de dar o anel
também simboliza a transferência de poder e autoridade. Assim o
marido simbolicamente transfere à sua nova esposa a autoridade sobre
seu lar e tudo que se encontra nele. A partir deste momento tudo em
sua vida será repartido. O anel também simboliza a proteção que o
marido dá a sua esposa; assim como o anel envolve o dedo, também sua
aura de proteção envolve a esposa. A aliança simboliza a confiança e
lealdade que envolve o casal pelo resto de sua vida.
O costume é que a
aliança seja redonda, de ouro sólido, simples e perfeitamente lisa,
sem pedras preciosas, desenho ou gravação, nem mesmo por dentro
(após o casamento pode-se gravar o que quiser nela) para que
represente um simples círculo inquebrável e ilimitado entre o casal.
A aliança deve ser
colocada no dedo indicador (entre nós, o dedo anular esquerdo) da mão mais forte da noiva (canhota ou
direita), sem interferência de luvas (caso estiver usando alguma),
mas diretamente em seu dedo. Antes de colocar a aliança, o noivo
recita a seguinte frase:
"Com este anel, tu és
consagrada a mim conforme a lei de Moshê e Israel" e as testemunhas
falam: "Está casada".
Ao aceitar o anel, a
noiva consente ao kidushin, consagração, significando a
singularidade do casamento judaico, estabelecendo uma relação em um
lar onde YAOHU UL, Ele mesmo, habita.
A ketubá logo em
seguida é lida em voz alta para todos os presentes e são recitadas,
Sheva Brachot, Sete Bênçãos aos noivos.
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21 - O ato de
quebrar o copo |
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O ato final da
cerimônia é a quebra de um copo de vidro pelo chatan (noivo), nos
lembra as primeiras Tábuas da Lei, quebradas após o "Grande
casamento" entre YAOHU UL e o povo de Israel; que somos mortais e
devemos nos casar e multiplicar; que somos como vidro, que mesmo
quebrado, pode ser reconstituído, como através de nosso sincero
arrependimento somos perdoados.
Ao som do copo
quebrado, a atmosfera solene é rompida e substituída por danças e
música. Todos devem animar os noivos expressando a alegria e apoio
ao casal que constitui a partir deste momento, mais um elo na
corrente de vida através da Torá.
O casamento será
fortalecido a cada dia através do entendimento entre ambos, dos
limites do outro, companheirismo, amizade, carinho, amor, respeito e
cumprimento das leis de pureza familiar. Estes são os verdadeiros
valores que consagram um casamento judaico.
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22
- Guia Prático para uma Cerimônia de Casamento Judaico-Mesiânica |
Preparar um casamento judaico-messiânico requer dirigir-se a
certos pontos em questão. Numa cerimônia como esta, é necessário que
o cônjuge não judeu tenha um coração judaico, afirmando a perspectiva
de fé judaica-messiânica. Portanto, não é uma grande questão se um dos cônjuges
não é um messiânico. Entretanto, em casos onde um dos cônjuges não é crente
em Yaohushua, o casamento não deveria ser celebrado (baseado em II
Coríntios 6:14). Confirmar que o casamento está na vontade de Deus,
o aconselhamento pré nupcial deveria ser obrigatório. Um casal de
noivos deveria consultar o líder da congregação local a
respeito deste tempo importante de preparação.
A sugestão de ordem de culto que se segue é baseada nos costumes de
casamento dos tempos bíblicos e a sua adaptação moderna. Assim como
muitas das tradições e costumes, uma pessoa deve adaptar a cerimônia
para encaixá-las às convicções pessoais e aos desejos da noiva e do
noivo. Sobre tudo, que a característica de sua fé em Yaohushua possa
ser claramente vista nesta bela cerimônia.
Ao estabelecer a cerimônia, os seguintes suplemento serão
necessários.
1. Kiddush taça de vinho
2. Vinho Kosher ou suco de uva numa garrafa
3. Uma taça para ser quebrada, enrolada num guardanapo de pano
4. Ketubah
5. Huppah
6. Kippot branco (solidéu) para os homens
A ordem do culto é a seguinte:
O cântico da Ketubah -
Este documento é para ser assinado por ambos, noiva e noivo, antes de
começar a cerimônia principal. Da mesma forma, o líder
congregacional e duas testemunhas (a critério dos noivos) devem
assinar. Um grupo pequeno de família e amigos deve ser convidado
para assistir o momento das assinaturas. Para a verdadeira, Ketubah
é recomendado uma Messiânica; contudo, uma Ketubah tradicional ou uma habitual
pode ser redigida se for desejada.
Música do Prelúdio -
Pode incluir qualquer musica instrumental ou vocal que a noiva ou o
noivo desejarem.
Processional -
Normalmente, o líder congregacional tomará o lugar no final da
parte da huppah (o qual deveria ser uma plataforma elevada), seguido
pelas testemunhas e o cortejo nupcial. Os homens se alinham ao lado
esquerdo da huppah visto do ângulo da audiência, as mulheres ao lado
direito.
Chamada ao Noivo -
Quando o noivo começa sua marcha, o líder messiânico diz:
Barukh habah b’shem Yaohu ul -
Bendito é aquele que vem em nome do Criador Eterno.
O noivo é escoltado pelos seus pais até a frente da huppah. Depois
de lhes darem um beijo ou um abraço de despedida, os pais se
assentam enquanto o noivo permanece em pé em frente da huppah,
olhando para a nave de entrada.
Chamada a Noiva -
Antes da noiva começar sua marcha, o líder messiânico deve dizer:
B’rukhah haba a b’shem Yaohu ul -
Bendita é aquela que vem em nome do Criador Eterno.
(O noivo pode ler Provérbio 31:10-18 enquanto a noiva começa sua
marcha ala à dentro.)
A noiva é levada pelos seus pais até que ela chegue em frente da
huppah, frente ao noivo. A esta altura, a noiva pode circundar o
noivo uma, três ou sete vezes enquanto o líder messiânico lê e explica a passagem
de Oséias 2:19.
Quando a noiva termina os círculos, ela dá o braço ao noivo enquanto
eles dão um passo à frente para baixo da huppah. Eles ficam de
frente para o líder messiânico que diz:
Mi adir al hakol. Mi baukh al hakol. Mi gadol al hakol. Hu y’vareykh
er he’khatan vét há’kalah - Ele que é supremamente poderoso, Ele que é supremamente louvado; Ele
que é supremamente grande – que Ele possa abençoar este noivo e
esta noiva.
O Discurso do Líder congregacional -
Desde que muitos dos casamentos messiânico são assistidos por uma
multidão variada, incluindo muitos amigos não messiânicos, este é um
tempo oportuno para o líder messiânico fazer algumas observações
introdutórias apropriadas. É mais importante e proveitoso esclarecer
que esta é uma cerimônia Messiânica e exatamente o que isto
significa. Muitos dos costumes serão familiares para os convidados
judeus; entretanto, o casal de noivos também escolheu expressar a
conexão com a Nova Aliança, desde que esta é uma expressão de sua
própria fé em Yaohushua, o Messias. No caso de casamentos mistos (por
exemplo, messiânico com cristão), pode ser um testemunho lindo
para explicar que o cônjuge gentio também ama a Bíblia/costume
judaico por que eles são consistentes com a sua fé. Use Romanos
11... Não se alongue pois temos pessoas em pé!
Depois da observação introdutória do líder messiânico, uma oração
pessoal de abertura pode ser oferecida para pedir a benção de YAOHU
UL
para esta ocasião festiva. Ela é seguida por um sermão pequeno dirigido
a alguns pontos relacionados ao casamento. Esta é uma
oportunidade perfeita para incorporar qualquer verso preferido das
Escrituras.
A taça Eyrusin -
Uma pessoa escolhida pelo noivo enche a primeira taça de suco de uva* e o
líder congregacional diz: Barukh atah YAOHU UL, eloheynu melék haólam,
borey p’ri há’gafen. Amnao - Bendito és Tu, O’ Criador Eterno, Rei do universo que criou o
fruto da vinha. Amém.
A pessoa escolhida entrega a primeira taça de suco de uva ao noivo que dá
um gole e à sua noiva um gole.
*O suco
de uva pode, perfeitamente, ser substituído por um bom vinho tinto,
suave!
Os Votos -
A esta altura, o líder congregacional diz:
(Nomes do noivo e da noiva) ...vão agora trocar os votos tradicionais
do casamento. E por assim fazerem, eles irão abertamente
comprometerem-se a si mesmos um ao outro; compartilhando as mesmas
alegrias, mesmas dores, e seja o que for que YAOHU UL traga às suas
vidas juntos.
Há basicamente três opções para a cerimônia; os votos tradicionais
em português, os votos personalizados em português e os votos
tradicionais em Hebraico. Os votos tradicionais em português são
lidos pelo líder messiânico, primeiro para o noivo:
(Nome do noivo), ...você pela sua própria vontade e consentimento toma
esta mulher (nome da noiva) ...para ser sua legítima esposa,
diante de Yaohushua, deste dia
em diante, para o melhor, para o pior, para a riqueza, para a
pobreza, na doença e na saúde, para viverem juntos seguindo os
mandamentos santos de YAOHU UL? Você a amará, a confortará, a honrará, a
acalentará, a manterá, e abandonando todas as outras, unindo-se
somente a ela, enquanto ambos viverem?
O noivo diz, “Sim”.
O líder da congregação diz agora para a noiva:
(Nome da noiva), ...você pela sua própria vontade e consentimento toma
este homem (nome do noivo) ...para ser seu legítimo esposo deste dia em
diante, para o melhor, para o pior, para a riqueza, para a pobreza,
na doença e na saúde, para viverem juntos seguindo os mandamentos
santos de YAOHU UL? Você o amará, o honrará, o inspirará, o
acalentará, e o manterá, unindo-se a ele,
enquanto ambos viverem?
A noiva diz, “Sim”.
O líder congregacional pergunta, “O que vocês trazem para
simbolizarem estes votos?” A dama de honra dá as alianças para o líder
congregacional, que diz:
Desde os tempos mais remotos a aliança tem sido o símbolo de união
do amor. É feita de ouro puro para simbolizar amor puro. Sendo um
círculo inquebrável, ela simboliza um amor infindável. Tantas vezes
quanto um de vocês virem estes círculos de ouro, que vocês possam
ser lembrados deste momento importante e do amor infindável que
vocês prometeram.
O líder messiânico lidera o noivo a dizer as bênçãos hebraicas
enquanto o noivo coloca a aliança no dedo da noiva:
Harey at m’kudeshet li b’taba ‘at zu k’dat
Yaohushua bem'YAOHU -
Com esta aliança você está unida comigo em concordância com a Lei de
Yaohushua, Filho de YAOHU.
Na tradição judaica, o homem é o único que é requerido dizer a
benção da aliança. Entretanto, à mulher ocidentais é permitido dizer
a mesma benção, agora em português: Com esta aliança você está unido
a mim em concordância com a Lei de Yaohushua, Filho de YAOHU.
O líder messiânico agora proclama:
Desde que vocês têm prometido o amor de vocês um pelo outro diante
de YAOHU UL e destas testemunhas, e trocados estes símbolos de amor
genuíno, eu por meio desta cerimônia, em virtude da autoridade
de Yaohushua, DECLARO que vocês agora são marido e mulher, para viverem
juntos até que a morte os separe por algum tempo e aguardem a
ressurreição no porvir e passem, finalmente a serem uma família no
reino vindouro do Messias, aqui na Terra refeita! O que Yaohushua tem unido, nenhum homem
pode separar...
Até este momento da cerimônia, um número de música especial tem sido
incluído algumas vezes para ajudar a todos refletirem no significado
da ocasião.
Leitura da Ketubah -
Neste momento, o líder messiânico pode explicar o simbolismo da ketubah e pode na
verdade ler o texto (se não o fez quando da assinatura da mesma, na
entrada) como uma declaração dos valores deste novo casal
de nubentes.
A taça Nissuin -
O convidado especial escolhido pelo noivo enche a segunda taça de vinho. O
líder messiânico explica o simbolismo espiritual associado ao
costume, especialmente à luz da fé do Messias. O líder messiânico
canta o sheva b’rakho (as sete bênçãos) em Hebraico ou qualquer uma outra sidur
tradicional... Depois que o Hebraico é cantado, o líder messiânico lê
a sua versão em Português:
1. Abençoado és Tu, Ó YAOHU UL, Rei do universo, que criou
todas as coisas para Tua glória, Amém.
2. Abençoado és Tu, Ó YAOHU UL, Rei do universo, criador do
homem. Amém.
3. Abençoado és Tu, Ó YAOHU UL, Rei do universo, que criou
o homem a tua imagem, a tua semelhança, e preparou para ele, de si
mesmo uma vida eterna. Abençoado és Tu, Ó Yaohushua, redentor do homem.
Amém.
4. Possa a Terra que está estéril ser excessivamente feliz e exulte,
quando suas crianças se ajuntarem em seu interior com alegria.
Abençoado és Tu, Yaohushua, que fez Sião feliz através de seus
filhos. Amém.
5. Ó YAOHU UL faça este casal recém unidos perante os homens, a
serem felizes, como Tu
alegremente fizestes no passado, tuas criaturas no jardim do Éden.
Abençoado és Tu, Ó Yaohushua, que fez o noivo e a noiva se alegrarem.
Amém.
6. Abençoado és Tu, Ó YAOHU UL, Rei do universo, que criou
prazer e regozijo, noivo e noiva, alegria e exaltação, satisfação e
deleite, amor, fraternidade, paz e confraternização. Que em breve
seja ouvido nas cidades da Nova Terra, e nas ruas da Nova Jerusalém, as vozes
de prazer e regozijo, a voz do noivo e a voz da noiva, as jubilantes
vozes dos noivos em suas casas, e dos seus filhos em canções de
festas. Abençoado és Tu, Ó Yaohushua, que fez o noivo se alegrar com
sua noiva. Amém.
7. Abençoado és Tu, Ó YAOHU UL, Rei do universo, que criou
o fruto da vinha. Amém.
O convidado especial escolhido pelo noivo dá a ele a terceira taça de
suco de uva enquanto
ele e a noiva tomam um gole.
OBS: Aqui pode
ser usada três taças ou apenas uma, que por sua vez devem ser
completadas nas respectivas ocasiões...
Conclusão -
O líder congregacional deveria dar uma breve explicação do
costume de quebra da taça. Poderia ser bem em alertar também a
multidão ao tradicional grito de “Mazel Tov” (pronunciado pelos
convidados e quem quiser acompanhar no grito), o qual vem
imediatamente depois do noivo quebrar a taça. No momento exato, o
noivo é exortado quebrar a taça. O noivo e a noiva podem se beijar,
e é apropriado que o líder congregacional conclua o culto com um
momento de oração de pessoas sobre as pessoas.
No final da oração, o casal se volte para o auditório (girando, cada
um, em torno de si, de modo que a noiva agora passe a estar do lado
esquerdo do noivo) quando o líder
messiânico diz: “É o meu privilégio de apresentar a vocês o Sr. e a
Sra. (Sobrenome do marido)”. Nesta altura, muitas vezes, começará a
ser tocada os sons alegres da música tradicional de casamento (uma
comum é Od Yishama, de Jeremias 33). Os convidado especiais dos noivos marcham
de volta pela nave principal num recessional na ordem oposta que
entraram, agora de braços dados... ao som de Mazel Tov ou outra
música à escolha dos noivos! Que os lindos costumes do
casamento judaico possam sempre
lembrar aos crentes em YAOHU UL da breve volta do seu noivo,
Yaohushua. o Messias.
Amnao!
NOTA - Devido à
complexidade dos detalhes aqui apresentado, passaremos à um SUMÁRIO
desta cerimônia sagrada que pode ser usado como um roteiro:
1 - A ESCOLHA DA DATA:
deve ser planejada para um dia no centro do período menstrual da
noiva...
2 - A MICVÊ - Após 7
dias do termino da menstruação da noiva, realiza-se a Micvá, o
ritual da purificação pelas águas. Após a Micvá dela, os noivos não
mais se tocam... Convém lembrar que procedendo-se assim, a noiva
estará em seu período fértil!
3 - O DIA ANTERIOR:
Deve ser um dia dedicado ao jejum...
NOIVA - Antes do Pôr-do-Sol: Realiza-se a recepção da noiva pelas
suas convidadas...
NOIVO - Antes do Pôr-do-Sol: Realiza-se a recepção do noivo pelos
seus convidados...
NOTA - ambas as recepções devem imbuir de coisas espirituais e
aconselhamentos (não se trata de "uma despedida de solteiros" onde
vale-tudo como os ocidentais, paganizados, o fazem).
Após o Pôr-do-Sol, o noivo, seguido de seus convidados especiais,
dirige-se ao local onde a noiva se encontra, com as suas convidadas
especiais. Ali, um dos convidados do noivo passa a ler o contrato de
noivado!
Passa-se ao Cabalat Panim (comprimentos e bênçãos aos noivos
sentados em lugares eqüidistantes). Na sequência, o noivo dirige-se
à noiva e cobre-lhe a cabeça, com um véu, selando assim o noivado...
Neste momento pode ser pronunciada uma benção (Que YAOHU UL possa
abençoar esta união) seguido por um amnao (amém)! Após
isto, os convidados se retiram, assim como o noivo.
4 - O DIA DO
CASAMENTO: O noivo, com seus convidados especiais e testemunhas
(padrinhos para o mundo paganizado), devem chegar, antes, ao local
da união!
Quando a noiva chegar
deve ser recepcionada, logo na entrada, pelo noivo e seus convidados especiais...
Neste momento deve ser lida a Ketubah e
assinada pela noiva uma vez que o noivo, as testemunhas e o líder congregacional
já o haviam feito com antecedência. Na saída é que o livro-ata da
congregação deverá ser assinada pelos noivos (as testemunhas devem
ter assinado antes, assim como o líder da congregação).
Após este ato, o líder
exorta os noivos a tomarem os seus lugares na ala central da nave
que os conduzirá à Chupá, diante do altar, com as seguintes
palavras:
Barukh habah b’shem Yaohu ul - Bendito é aquele que vem em
nome do Criador Eterno (o noivo é conduzido pelos seus pais que
procedem as despedidas, neste momento). O mesmo é dito e feito para
com a noiva!
Na sequência, o noivo
segura a noiva pelas mãos e a conduz em direção à Chupá, seguido
pelos convidados especiais que tem velas em suas mãos... Chegando na
chupá, o noivo posiciona-se em frente à mesma e a noiva, seguido por
todos os demais, dá uma volta em torno da chupá e finalmente se
posiciona ao lado DIREITO do noivo assim como os convidados,
respectivamente.
Neste momento o
ministrante da cerimônia (que ficou na entrada da nave) dirige-se à
chupá e começa a cerimônia com as bênçãos iniciais e introduz o seu
sermão messiânico!
Após este sermonete,
uma pessoa escolhida pelo noivo enche a primeira taça com o suco da
videira... sob as bênçãos pronunciadas pelo líder congregacional que
diz: Barukh atah YAOHU UL, eloheynu melék haólam,
borey p’ri há’gafen. Amnao - Bendito és Tu, O’ Criador Eterno, Rei do universo que criou o
fruto da vinha. Amém. O noivo bebe primeiro e oferece à noiva, o
suco!
Segue-se, então, aos
Votos!
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LEIS DE PURIFICAÇÃO FAMILIAR |

Existem dois tipos de
amor humano: o amor intrínseco, calmo, que sentimos pelas pessoas
com quem somos relacionadas por parentesco, e o mais íntimo,
ardente, que existe no casamento. É por este motivo que a relação
entre marido e mulher é muito diferente do relacionamento pai-filho.
O amor dentro de uma família, entre parentes que nasceram da mesma
carne, é inato. O amor entre a mãe e seu filho, irmão e irmã, dois
irmãos, duas irmãs, vem facilmente. Como são aparentados por
natureza, sentem-se à vontade um com o outro. Existe uma proximidade
inata entre eles, portanto seu amor é sólido, forte, previsível e
calmo. Não há distância a ser transposta; não há diferença alguma a
ser superada.
O amor entre marido e mulher não é assim. Seu amor não está sempre
ali; eles não se conheciam, não estiveram sempre relacionados. Não
importa o quanto cheguem a se conhecer, não são semelhantes. São
diferentes do ponto de vista emocional, físico e mental. Amam-se
apesar das diferenças e por causa delas, mas não há um traço comum
entre eles suficiente para criar um amor calmo e informal. As
diferenças permanecem mesmo depois que se casam, e o amor entre eles
terá de superar estas diferenças.
A
bênção ideal para um casal é: "Que sua lua-de-mel jamais
termine."
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Afinal, marido e
mulher certa vez já foram estranhos. O homem é diferente da mulher,
portanto na essência eles continuam estranhos. Por causa disso, o
amor entre eles jamais poderá ser informal, consistente ou calmo.
Este amor adquirido é naturalmente mais intenso que o amor entre
irmão e irmã. Quando o amor precisa superar uma diferença, uma
distância, um obstáculo, requer energia para saltar e fechar a
lacuna. Esta é a energia do amor ardente.
Como a lacuna entre marido e mulher jamais se fechará realmente, seu
amor um pelo outro precisará continuamente cruzar por esta ponte.
Haverá distância, separação, depois uma aproximação e uma volta
juntos, de novo e de novo. Este senso de distância intensifica o
desejo de fusão.
Para ficarem juntos, o homem e a mulher têm de superar determinadas
resistências. Um homem precisa superar sua resistência ao
compromisso, e a mulher deve superar sua resistência à invasão.
Assim, ao ficarem juntos, marido e mulher estão transpondo grandes
distâncias emocionais, o que intensifica seu amor. A ausência do
amor inato na verdade faz seu coração se apegar ainda mais.
Se irmão e irmã tivessem um amor ardente, seu relacionamento
sofreria. Não é a emoção apropriada para um irmão e irmã sentirem.
Seu amor floresce quando é intacto, não desafiado, constante e
calmo. Não é que eles não possam ter desentendimentos, mas estes
rompem seu amor. Por outro lado, se marido e mulher desenvolvem um
amor calmo um pelo outro, seu relacionamento não progredirá. Se
estão familiarizados demais um com o outro, como irmão e irmã, o
amor não florescerá. A verdadeira intimidade no casamento – amor
ardente – é criada pelo constante afastamento e reunião.
Se um marido e mulher jamais se separam, seu amor começa a azedar,
porque não estão criando um ambiente propício àquele amor. O
ambiente de proximidade constante não é condutor ao amor
homem-mulher; é o ambiente para o amor fraterno ou maternal.
A
separação física que nos foi dada por YAOHU UL é uma solução
muito mais feliz. Aquela separação é criada ao se observar
um conjunto de leis da Torá denominado Taharat Hamishpachá,
Leis da Pureza Familiar.
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É por isso que a
bênção ideal para um casal é: "Que sua lua-de-mel jamais termine."
Uma lua-de-mel – quando duas pessoas que antes estavam separadas se
juntam pela primeira vez – deveria nunca ter fim, porque é onde um
casamento progride.
O amor entre um homem e uma mulher aumenta com o afastamento e a
reunião, a separação e a aproximação. A única maneira de ter um
ambiente que leve a este tipo de relacionamento é promover uma
separação.
Há muitos tipos de separação. Um casal pode viver em locais
diferentes, ter diferenças de opinião, ou ter discussões e
enfurecer-se mutuamente. Muitas vezes a discussão não é pela
discussão em si, mas para criar uma distância a fim de que marido e
mulher possam sentir que estão se aproximando. Esta não é uma
solução feliz. Fazer as pazes depois de uma briga pode ser bom para
um casamento uma vez ou outra, mas não numa base regular. Não é uma
boa idéia ficar procurando motivos para discussões, especialmente
porque as separações podem tomar uma forma mais positiva.
A separação física que foi dada por YAOHU UL ao povo judeu na Torá é uma
solução muito mais feliz. Aquela separação é criada ao se observar
um conjunto de leis da Torá derivado de Vayicrá 15, denominado "As
Leis da Pureza Familiar", ou "leis do micvê". A palavra micvê
refere-se ao banho ritual no qual as mulheres judias tradicionais,
desde os dias bíblicos, imergem após seu período mensal e antes de
voltarem às relações sexuais com seus maridos.
Segundo estas leis do micvê, durante o tempo em que uma mulher judia
está menstruando, e por uma semana depois disso, ela está
fisicamente fora de alcance para seu marido. Durante aqueles dias, a
separação física é total: não tocar, não sentarem juntos num
balanço, até mesmo não dormir na mesma cama...
No decorrer dos séculos, todos os tipos de explicações têm sido
dadas para estas leis, mas todas elas têm uma coisa em comum: a
separação protege e nutre o aspecto íntimo do casamento, que
floresce com o afastamento e a reunião.
Este entendimento não é único dos judeus. Na maior parte das
culturas no mundo inteiro, os antigos praticavam diversos graus de
separação entre marido e mulher durante o período menstrual. Alguns,
como determinadas tribos dos índios americanos, na verdade têm
alojamentos separados, tendas para mulheres menstruadas, onde elas
ficavam durante este período. Mais tarde estes costumes se
deterioraram em mitos, tabus, temores, superstições, argumentos
higiênicos e outros, numa tentativa de racionalizar um tema delicado
e sensível. Porém a separação era uma prática tão universal que me
pergunto se os seres humanos sabiam por instinto que o amor entre
homem-mulher floresce com o afastamento e a reunião, em aproximar-se
depois de uma separação. O corpo está na verdade respeitando um
estado emocional. Assim como o amor entre o homem e a mulher não
pode ser mantido com intensidade total o tempo todo, mas precisa de
uma certa tensão criativa sem a qual não prospera, o corpo tem uma
necessidade similar.
O
corpo está na verdade respeitando um estado emocional.
Assim como o amor entre o homem e a mulher não pode ser
mantido com intensidade total o tempo todo, mas precisa de
uma certa tensão criativa sem a qual não prospera, o corpo
tem uma necessidade similar.
|
No que diz respeito aos judeus, sabemos que estas mudanças cíclicas
foram criadas com este exato propósito. Isso é muito mais que uma
coincidência: é como o corpo reflete a alma, como o corpo é criado à
imagem da alma.
Como tudo o mais que existe em nossa vida, o ciclo de afastamento e
aproximação do casamento é para ser um reflexo de nosso
relacionamento com YAOHU UL. Os dois tipos de amor, amor calmo e amor
ardente, existem não apenas entre seres humanos, mas entre nós e
YAOHU UL.
Quando nos referimos a YAOHU UL como nosso Pai, é um relacionamento
inato e intrínseco. Não precisamos trabalhar por ele; simplesmente
está ali. É um amor constante e firme, um amor indestrutível, um
amor comparado à água.
Mas também falamos sobre como YAOHU UL é infinito e nós somos finitos;
YAOHU UL é verdade e nós não somos; YAOHU UL é tudo e nós mal somos alguma
coisa. Devido a estas diferenças, sentimos uma grande distância de
YAOHU UL, e a necessidade de criar um relacionamento com Ele.
Estabelecer um relacionamento apesar das diferenças, apesar da
distância, é mais como um casamento. É uma relação tempestuosa – um
amor ardente.
Mais precisamente, nossa alma ama a YAOHU UL como um filho ama ao pai,
porque nossa alma é de YAOHU UL. Aquele amor é inato e calmo. Quando
YAOHU UL diz a esta alma para descer a um corpo, é uma separação. Então
nossa alma ama a YAOHU UL com um amor ardente que, como o amor entre
marido e mulher, não vem automaticamente. Amor adquirido é por
natureza intenso e ardente.
Por fim, a alma será reunida com YAOHU UL mais intimamente que antes,
assim como a intimidade entre marido e mulher é mais profunda quando
se aproximam depois de uma separação. Portanto, quando YAOHU UL diz que
um marido e mulher devem ser recatados um com o outro, que podem
estar juntos e depois separados, aproximar-se e separar-se
novamente, segundo o ciclo mensal, não é uma imposição artificial.
Pode produzir disciplina, o que é bom. Pode manter um casamento
renovado, o que é importante. Mas há mais ainda. É, na verdade, o
reflexo natural do tipo de amor que deve existir entre marido e
mulher. Para nutrir aquele amor tempestuoso e ardente, nosso modo de
viver deve corresponder às emoções que estamos tentando alimentar e
reter.
Se deve haver uma separação – e existe esta necessidade – considere
os seguinte: em vez de esperar para que se desenvolva uma separação,
onde marido e mulher brigam ou perdem interesse um pelo outro,
aceitemos a sugestão do corpo e criemos uma separação física, em vez
de uma espiritual e emocional. Todos estão dizendo: "Preciso de meu
espaço." Isso é verdade. Manter as leis do micvê, quando são
apropriadas, é uma maneira de criar aquele espaço.
O Ato da Micvê
O que é a Micvê?
A Micvê é uma porção
ou acumulo de água natural que tem uma conexão designada a água
natural. A piscina é feita especificamente para imersão, de acordo
com as regras e costumes da lei judaica. Ela contém,
aproximadamente, 200 galões de água (750 litros).
O que há de especial
na água da Micvê?
A água é a fonte
primaria de todas as formas de vida. Ela tem o poder de purificar,
devolver e preencher a vida. A Micvê deve ser completada com água
vigorosa de uma fonte de água corrente, que nunca tenha sido
dormente, por exemplo, água fresca de uma nascente, água de chuva,
ou mesmo água de neve derretida. A água passa por um rígido controle
higiênico, limpa diariamente e clorada (nas cidades, a água tratada
das Companhias de Saneamento Básico, satisfaz as condições
necessárias).
O que é Taharat
Hamishpacha, família santificada?
O casamento judaico
abençoa o marido e a esposa. A pratica da Taharat Hamishpacha
introduz os momentos de união e separação como parte de um ciclo na
vida do casal. A separação começa com o inicio do ciclo menstrual da
mulher. É o momento quando a essência do relacionamento marido e
mulher é expressada sem intimidades físicas. É o período de
antecipação e preparação para a imersão na Micvê. O reencontro,
após a Micvê, guarda o maior potencial de santidade do
casamento.
Como se preparar para
a imersão na Micvê?
Logo após a
menstruação mensal, a mulher deve contar sete dias que ela se mantêm
“limpa”. Durante esse período, desde o início da menstruação até a
imersão na Micvê, os casais devem abdicar das relações matrimoniais.
É imprescindível que a mulher esteja totalmente limpa para a
imersão. A imersão deve ser feita após o pôr-do-sol.
NOTA: O casal
que não estiverem preparados para a concepção de uma nova vida devem
tomar os devidos cuidados pois é neste período que se inicia o
período fértil da mulher...
Por que devo ir a
Micvê?
A imersão na Micvê é
um mandamento bíblico de grande importância, assim como as
mitzvot (mandamentos) do Kashrut e do Shabat .
A imersão é também um
modo de trazer YAOHU UL para dentro do seu casamento, tornando-O uma
parte integral dele. A Micvê ajuda a criar um relacionamento marido
e mulher em um constante estado de renovação. Com o desgaste diário
do casamento, a lei da santificação familiar pode ajudar a preencher
um casamento com bênçãos, cuidados, romantismo e forte suficiente
para durar eternamente.
NOTA: Esta
imersão pode ser feita sozinha ou de preferência, pelo esposo!
A Micvê é somente
utilizada pelas mulheres?
Não, a Micvê é usada
para diversas situações:
- É o estagio final da
conversão ao judaísmo
- É normalmente usada
pelos homens em ocasiões especiais, como antes de Yom Kipur e
um dia antes de seu casamento. Muitos homens se utilizam na véspera
do Shabat, e os mais chassidicos usam a Micvê diariamente
antes das rezas.
Para se compreender
completamente essas leis é necessário um estudo profundo e uma série
de encontros particulares ou em grupos, entre mulheres, sobre todas
as etapas que se deve seguir, com uma troca aberta de conhecimento e
experiências no assunto.
VEJA TAMBÉM:
Mitsvot Especiais da Mulher
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Mitsvot Especiais da Mulher
E Yitschac a levou [Rivca] à tenda de
Sarah, e tomou a Rivca e ela foi sua mulher"
Bereshit 24:67
Onkelos interpretou
este versículo no sentido de que as ações de Rivca foram tão boas e
tão íntegras como as de Sarah, sua sogra.
Segundo a interpretação de Rashi, Rivca assumiu as características
de Sarah em relação a três mitsvot fundamentais. Em primeiro lugar,
quando acendiam as velas na sexta-feira à tarde em honra ao Shabat,
as velas não se extinguiam no período normal de tempo, mas
permaneciam milagrosamente acesas desde a tarde de sexta-feira até a
tarde da sexta-feira seguinte. Em segundo lugar, a chalá que assava
para o Shabat também se mantinha milagrosamente fresca durante toda
a semana. Em terceiro lugar, devido a sua meticulosa observância de
Taharat Hamishpachá (Leis de Pureza Familiar), a Divina Presença
pairava sobre sua tenda na forma de uma nuvem especial (Gur Ariê).
Por que Rashi apresentou as mitsvot nesta ordem: velas, chalá e
depois Taharat Hamishpachá?
Acender as velas do Shabat é a primeira mitsvá
feminina que se confia a uma menina. Rivca foi levada pela primeira
vez à tenda de Sarah e acendeu ali as velas com a idade de três
anos. Os eruditos da Torá deduziram portanto que três anos é a
idade, desde tempos imemoriais, em que as meninas começam a acender
as velas em honra ao Shabat.
A chalá é uma referência à mitsvá de separar e
queimar uma pequena quantidade de massa ao assar o pão. Esta mitsvá
também é ensinada às meninas se, e quando, começam a assar,
obviamente algum tempo depois de completarem três anos e está ligada
com a mitsvá de cashrut.
Taharat Hamishpachá se menciona em terceiro lugar por que
esta é, cronologicamente, a última das mitsvot especialmente
encomendadas à mulher. Na noite anterior ao casamento a mulher judia
tem a mitsvá de submergir no micvê. Deste modo, santifica seu
matrimônio desde o início, como aprendemos com os exemplos de Sarah
e Rivca, pois cada uma destas três mitsvot traz grandes bênçãos ao
lar judaico.
Quando uma mulher não está presente ou não se encontra em condições
de fazê-lo, o homem deve cumprir a mitsvá de acender as velas e
separar a massa. Portanto, devemos supor que Avraham, que observava
a Torá em todos os seus detalhes, acendeu as velas durante os três
anos posteriores ao falecimento de Sarah, até que Rivca foi levada à
sua tenda. No entanto, o texto menciona unicamente que a bênção
retornou somente quando Rivca acendeu as velas, embora esta tivesse
apenas três anos de idade. Isto nos ensina que as mulheres e as
meninas têm o poder inerente de fazer com que a luz e a paz
espirituais se manifestem no mundo físico.
O casamento e os Dez Mandamentos
Com a entrega dos Dez Mandamentos aprendemos importantes ligações
entre a Torá, a mulher judia e o casamento em geral. YAOHU UL entregou
as tábuas a Moshê "quando terminou de falar com este" (Shemot
31:18). A palavra hebraica kejalotô (quando ele termina) se
relaciona etimologicamente com a palavra calá (noiva).
Nossos Sábios ampliam e desenvolvem este conceito de forma muito
bonita: as tábuas foram escritas pelo dedo de YAOHU UL. Do mesmo modo se
decreta no céu que um casal em particular se una em matrimônio.
Havia duas tábuas separadas, mas estas estavam unidas por um
inseparável vínculo de pedra. Também eram idênticas em tamanho e
formato. No casamento, duas pessoas separadas se unem como iguais.
Elas fundem o afeto que sentem uma pela outra e se unem. As tábuas
eram feitas de uma substância material – a pedra – mas a inscrição
era Divina, uma escritura Celestial (gravada na pedra). O casamento
significa união física, mas esta união deve conter também os
elementos espirituais do respeito, afeto, lealdade e devoção. Estes
são atributos que aliviam as responsabilidades contraídas no
casamento, assim como as letras Celestiais faziam com que as tábuas
ficassem leves para que Moshê as pudesse carregar.
Segundo a tradição, Moshê enriqueceu devido a uns pedaços de pedra
preciosa que havia encontrado. YAOHU UL ordenou que estas pedras
pertencessem a Moshê. Do mesmo modo, nossos Sábios nos ensinaram que
as riquezas e o êxito material, a paz e a luz no lar estão
diretamente ligadas com as mitsvot da mulher e o poder que ela tem
de atrair bênçãos ao mundo e a sua família, em particular.
Assim como as duas tábuas de YAOHU UL nunca se separaram, mas
permaneceram juntas, o casal deve resolver enfrentar o futuro
juntos, com esperança, coragem e determinação para conseguir o
êxito.
Assim como os mandamentos de YAOHU UL preencheram as tábuas, nossa vida
familiar deve abraçar a mensagem Divina. Marido e mulher devem
dedicar sua vida conjugal aos princípios de nossa Torá e prestar
atenção especial às leis da pureza familiar, Taharat Hamishpachá.
Tendo YAOHU UL como parceiro neste sagrado projeto, todo casamento tem o
potencial pleno e a segurança Labsoluta de conseguir êxito e
satisfação completas e duradouras.
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Ketubah
KETUBAH
Nesta (dia da semana)
_________________, (dia, mês e ano por extenso) __________________
______________________________________________________________________________
, que no calendário de YAOHU UL corresponde a (data hebraica)
____________________________
____________________________________ , unimo-nos pelos Sagrados
preceitos do Matrimônio.
A Ketubah: (o
primeiro nome da noiva) _______________________ , filha de (nome do pai)
que torna-se minha esposa, de acordo com a nossa fé em YAOHU UL e em Seu
Filho, Yaohushua. Do mesmo modo, (o primeiro nome do noivo)
_____________________ , filho de (nome do pai) que a partir deste
momento, torna-se o seu esposo, de acordo com a sua fé em YAOHU UL e em
Yaohushua, o Messias.
(repete-se o nome da
noiva) _________________ , comprometendo-me a ser o seu marido enquanto
houver fôlego em minha alma e preparando-me para viver contigo, na Nova
Terra que Yaohushua nos tem reservado, com honra e justiça, com amor e
compaixão, ser eternamente fiel a você e mesmo na minha ausência causada
pelo sono da morte, prometo prover meios para o seu sustento assim como
em uma eventual separação de corpos!
No espírito do verdadeiro
amor de Yaohushua, o nosso Salvador e Criador, eu serei o seu amado
amigo como você tem sido para mim e o seu desejado amante, como tens
sido para mim. Selado com o selo do amor que une duas criaturas de YAOHU
UL, entrego-lhe o meu coração como tens entregado a mim.
Este mesmo selo, por todo
o sempre, estará simbolizado em nossas alianças em nossos dedos e selado
nos livros dos céus, atestando que o amor é mais forte que a passageira
morte.
Eu a estima-la-ei;
honra-la-ei; a sustentarei em verdade e sinceridade e principalmente,
respeitarei a divina presença de YAOHU UL, em ti!
Sendo assim, por este
anel, santificado a mim, de acordo com a fé em Yaohushua e suas
orientações, considero tais PALAVRAS justas e boas, e que não desejo,
jamais, quebrá-las!
Testemunhas do
noivo: Noivo:
1 -
_____________________________________
_____________________________________________
(NOME COMPLETO)
2 -
_____________________________________
Testemunhas da
noiva: Noiva:
1 -
_____________________________________
____________________________________________
(NOME QUE PASSA A ASSINAR)
2 -
_____________________________________
DATA:
____/____/________.
Rav:
______________________________________________
(Nome Completo)
CONGREGAÇÃO ISRAELITA ‘O
CAMINHO’
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VERSÃO EM WORD DESTA KETUBAH
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